AGENDA CULTURAL

21.3.21

UMA DAS ESCOLAS DE ARAÇATUBA: inimiga das árvores - Gervásio Antônio Consolaro

                   

Este cartum foi feito por Jarbas Domingos de Lira Júnior, cartunista brasileiro.  “Desmatamento”,  Diário de Pernambuco.

             Recentemente, num sábado, passando pela avenida Pompeu de Toledo, presenciei a supressão de três árvores – oitis -  de tamanho médio, que proporcionava  beleza e grandes sombras pra todos.

        Primeiro cortam a copa e seus galhos, deixando só o tronco, em seguida arrancam todo o tronco da calçada e serram em pequenos pedaços para o transporte.

       Não aguentei ao ver aquilo e ouvindo o motor frio e imperdoável da famigerada motosserra, me dirigi ao cidadão contratado para tal fim, de meia-idade, disse-lhe que ao ver aquilo me cortava o coração, o que de pronto respondeu:  o meu também, mas o homem tem autorização.  

      Com autorização ou não, não é o caso, como um estabelecimento de ensino, em pleno século 21, desmatamento por todos os lados, tendo  adolescentes como seus alunos, de certa forma responsável pela formação de cidadãos conscientes  em preservar o meio ambiente,  promove  tamanha desfaçatez, além do que, numa  das avenidas mais movimentadas de nossa cidade. 

      Começei a pesquisar a respeito, buscando justificativas da motivação que leva um cidadão a praticar tal ato de certa forma criminoso contra a natureza e à sociedade.

      Para o médico sanitarista, diretor do Departamento de Parques e Áreas Verdes da Prefeitura de São Paulo, as árvores urbanas têm milhares de inimigos. O pior deles, porém, o homem. O ser humano mal-educado. “Não temos a cultura da preservação e proteção e, assim vivemos um caos”.

 Segundo ele, diariamente as subprefeituras recebem milhares de chamados de pessoas que querem apoio oficial para matar uma árvore. Ou, pelo menos, mutilar. Isso sem contar aquelas que matam na calada da noite, ou fins de semana, por asfixia, queimadura, por corte parcial ou total. Mata-se por motivo torpe como, por exemplo, a queda das folhas que “sujam” a calçada. Cerca de 30% dos chamados são pertinentes, mas a grande  maioria não.

     O valor de uma árvore. Pode-se atribuir às árvores um valor sentimental, cultural ou histórico – são valores subjetivos, difíceis, portanto de quantificar. A maioria das pessoas considera o valor estético como principal na arborização urbana em virtude da aparência das árvores ser direta e imediatamente perceptível, ao contrário dos demais benefícios.

      As alterações que as árvores sofrem em função das estações do ano fazem com que elas se apresentem ora com flores, ora com folhas ou sem folhas. Estas renovações são importantes para a paisagem urbana. Elementos como textura, estrutura, forma e cor, inerentes às árvores, alteram o aspecto da cidade, quebrando a monotonia e a frieza típica das construções.

     Por fim, outras qualidades muito importantes, que podem ser atribuídas às árvores urbanas são seu poder de interferir em microclimas e de reduzir a poluição, os ruídos e a temperatura. A estes atributos, associam-se as contribuições sociais, como a saúde física e mental do homem, as opções de recreação propiciadas em função da existência de árvores ou áreas verdes. 

Árvore Cortada

Valesca Mayssa

Cortaram a árvore cheia de vida, cortaram

E os frutos que ela produzia se acabaram

E chega alguém e diz: Acabou a história aqui

 

Mas ainda bem que a resposta vem do céu

E a última palavra

Quem determina ainda é Deus

Alguém diz: Só restou raiz

Mas Deus diz: Tem vida aí, e eu vou restituir!

 

Há esperança para a árvore cortada

Novamente crescerá ao cheiro das águas

E se caso envelheceu na terra a sua raiz

Ou se o seu tronco morreu

Ouça bem o que Deus diz

 

Ainda há esperança, a alegria vai chegar

E tudo novamente irá voltar ao seu lugar

A água já está presente, e vai começar regar

Vai ser tão lindo o testemunho que você irá contar

Eu fui uma árvore cortada, mas ao cheiro das águas

Vi Deus minha vida restaurar

 

Mas ainda bem que a resposta vem do céu

E a última palavra quem determina ainda é Deus

Alguém diz: Só restou raiz

Mas Deus diz: tem vida aí, e eu vou restituir!

 

Ainda há esperança para a árvore cortada

Novamente crescerá ao cheiro das águas

E se caso envelheceu na terra a sua raiz

Ou se o seu tronco morreu, ouça bem o que Deus diz

 

Ainda há esperança, a alegria vai chegar

E tudo novamente irá voltar ao seu lugar

A água já está presente, e vai começar regar

Vai ser tão lindo o testemunho que você irá contar, dizendo

Eu fui uma árvore cortada, mas ao cheiro das águas

Vi Deus minha vida restaurar

 

Restaurou meus sonhos, restaurou a minha fé

E sobre a minha saúde Ele me colocou de pé

Restaurou a minha casa e toda a minha família

E hoje todos nós o servimos com alegria

 

E toda vez que eu escutava alguém dizer

Até tinha estrutura, mas veio a morrer

E lembrava da promessa pra não desanimar

Essa promessa me dizia, esta promessa me garantia

 

Que ainda há esperança para a árvore cortada

Novamente crescerá ao cheiro das águas

E se caso envelheceu na terra a sua raiz

Ou se o seu tronco morreu, ouça a voz de Deus que diz

 

Ainda há esperança, a alegria vai chegar (acredite)

E tudo novamente irá voltar ao seu lugar

É que a água está presente, e vai começar regar

Vai ser tão lindo o testemunho que você irá contar (dizendo assim)

Eu fui uma árvore cortada, mas ao cheiro das águas

Vi Deus minha vida restaurar

(Você vai dizer assim)

 

Eu fui uma árvore cortada, mas ao cheiro das águas

Vi meu ministério Deus levantar

Eu fui uma árvore cortada, mas ao cheiro das águas

Na minha saúde Deus tocar

Eu fui, eu fui, eu fui

Eu fui uma árvore cortada, mas ao cheiro das águas

Vi minha família Deus salvar  


Gervásio Antônio Consolaro, ex-delegado regional tributário do estado/SP, agente fiscal de rendas aposentado. Administrador de empresas, contador, bacharel em Direito e pós-graduação em Direito Tributário. Curso de Gestão Pública Avançada pelo Amana Key e coach pela SBC.  

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