AGENDA CULTURAL

1.5.21

Corajoso, mas sem armas nas mãos

Nélson Mandela

 Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

Não queria tocar nesse assunto, eu me contive até este momento, é gastar velas com defunto ruim. Talvez eu tenha algum amigo que ainda continua acreditando em fake news...

Escrever é uma terapia, bem melhor que praticar a violência, alivia-se. Não é possível que militares brasileiros, cujas raízes estão na Guerra do Paraguai, estejam tomando a vacina às escondidas do presidente, como meninos arteiros, porque o capitão Cloroquina é contra a vacina.

Quando se sabe que toda a Força Armada (Exército, Marinha e Aeronáutica) obedece aos protocolos da Organização Mundial de Saúde. E fazem muito bem.

E a gente, que era da oposição durante a ditadura militar, tinha um medo danado desses maricas fardados. Como, generais com medinho de capitão Cloroquina! 

Eu achava que era um só o medroso, o tal do Luís Eduardo Ramos (da Casa Civil), mas Walter Braga Netto, da Defesa, e Bento Albuquerque, de Minas e Energia, também.

Eles estão certos, mas era o caso de fazer pelo menos alguma bravata, passar no capitão Cloroquina uma descompostura pública. Tomem tenência, generais! 

Ser corajoso com armas nas mãos é fácil. Quero ver coragem mesmo é com as mãos limpas, só na argumentação, fazer o cara morrer de vergonha só com as palavras. Olho no olho. 

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