AGENDA CULTURAL

29.5.22

A natureza das emoções - Gervásio Antônio Consolaro

Um pouco sobre emoções

      As emocões podem ser difíceis de lidar. Desta vez nossos estudos se dirigiram às emoções tão importantes em nossas vidas.

     Como agem as emoções? Ao compreender o mecanismo por trás das emoções, você será capaz de dominá-las da forma mais efetiva conforme elas forem surgindo.

     O primeiro passo é compreender que as emoções vêm e vão. Em uma hora você se sente feliz, em outra você está triste. Enquanto você tem algum controle sobre as emoções, é importante reconhecer a natureza imprevisível delas. Se você espera ser feliz o tempo todo, você está determinado a falhar consigo mesmo. O que por fim o fará se culpar quando “falhar” em ser feliz, ou até pior se torturar por isso.

     Para começar a controlar suas emoções, é preciso aceitar que elas são momentâneas. É preciso aprender a deixá-las passar sem sentir a necessidade de se identificar com elas. Você deve se permitir sentir tristeza, sem incutir pensamentos como “eu não deveria estar triste”, ou “o que há de errado comigo”. Em vez disso, você deve simplesmente sentir.

    Não importa o quão resiliente você seja, você ainda pode experimentar a tristeza, luto ou depressão em sua vida, com sorte não ao mesmo tempo, tampouco para sempre. Às vezes, você se sente desapontado, traído, inseguro, amargurado ou envergonhado. O que o fará duvidar de si mesmo e até duvidar de sua capacidade de ser a pessoa  que deseja ser. Mas está tudo bem, porque as emoções vêm, mas elas também vão.

     As emoções negativas não são ruins ou inúteis.

     Você pode se culpar por experimentar emoções negativas, talvez, até se veja como uma pessoa fraca. Você pode até achar que há algo de errado consigo. Contudo apesar do que sua voz interior diz, as emoções não são ruins. Emoções são simplesmente emoções. Nada mais.

     Como tal, estar deprimido não o torna inferior à pessoa que era há três semanas quando se sentia feliz. Sentir-se triste agora não significa que você nunca sorrirá.

     Lembre-se disto: o modo como você interpreta as emoções, assim como o jogo de culpa que você  inicia, cria sofrimento, e não as emoções em si.

    Na verdade, as emoções negativas podem ser úteis. Às vezes, é preciso ir até o fundo do poço para poder chegar ao topo. Até mesmo as pessoas mais resilientes do mundo ficam deprimidas. Elon Musk, o bilionário que está comprando o Twitter, nunca se imaginou tendo um colapso nervoso, mas ele teve e superou. Após perder a noiva, Abraham Lincoln ficou por meses deprimido. No entanto, esse acontecimento não o impediu de se tornar presidente dos Estados Unidos. As emoções negativas pode ter um propósito. Elas podem servir como um despertar. Elas até podem lhe ajudar a aprender algo positivo sobre si mesmo. Claro que quando elas o afligem torna-se difícil olhar o lado bom das coisas, mas ao final, você pode perceber que as emoções, até as tristes, desempenham um papel importante nas conquistas de sua vida.

     O papel positivo das emoções negativas

    As emoções não existem para dificultar a sua vida. Sem elas, não haveria crescimento.

     Pense as emoções como equivalentes à dor física. Embora deteste a dor física, se não a sentisse, muito provavelmente você já estaria morto. A dor física envia um alerta poderoso indicando que algo está errado e o provocando a tomar alguma medida. Seja consultar-se com um médico, que pode o levar um procedimento cirúrgico, início de uma dieta ou prática de exercícios físicos. Sem a dor física, nada disso seria feito e sua situação só pioraria, o que poderia levar a uma morte prematura.

    Com as emoções é a mesma coisa. Elas alertam para você fazer mudanças. Talvez seja necessário se livrar de algumas pessoas, do seu emprego ou eliminar uma história desmotivadora que gera sofrimento em sua vida.

Continua na próxima semana. 

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, delegado regional Tributário e  auditor fiscal da Receita Estadual, aposentado, contador, administrador de empresas, bacharel em Direito e pós-graduação em Direito Tributário, coach pela SBC.                g.consolaro@yahoo.com.br 

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