AGENDA CULTURAL

25.7.22

Como manter sua mente ativa - Gervásio Antônio Consolaro

Temos lido bastante sobre o assunto, deparamos com o livro “Mente Afiada” do neurocirurgião Sanjay Gupta e outras publicações e artigos de revistas especializadas, pelo que ficamos motivados a fazer um sumário para conhecimento de  nossos leitores.

Nunca é tarde

     Sempre se tem dúvida se depois de certa idade temos capacidade de aprender? Sim, diz Dr. Sanjay:  “A combinação da memória com a possibilidade de gerar novos neurônios significa que continuamos a mudar as informações, a capacidade e a potência de aprendizagem do cérebro".

Movimente-se!

     Segundo o médico,  “a única atividade comportamental cientificamente comprovada que provoca efeitos biológicos benéficos para o cérebro”. Quer dizer que na prática realizar exercícios ajuda a preservar as funções do cérebro. E, além disso, pode ajudar a evitar a pressão alta ou diabete, que aumentam a probabilidade de problemas como a demência.

Contra o estresse

     A prática de exercícios físicos  também ajuda, diz o autor, a lidar com o estresse. E isso é importante por uma questão química. Em situações de estresse, o corpo libera o hormônio cortisol – e pesquisas têm mostrado que o nível elevado de cortisol afeta negativamente a memória e aprendizagem.

Palavras cruzadas

   A ideia de que fazer palavras cruzadas ou atividades semelhantes mantém o cérebro jovem é, infelizmente, um dos mitos sobre o envelhecimento. “Elas só exercitam uma parte do cérebro, em geral, a capacidade de encontrar palavras”. Diz Gupta.

    Ter um propósito

    Manter a mente ativa é fundamental. Isso não significa jamais se aposentar ou seguir trabalhando para ocupar a cabeça. Mas é preciso “mexer o cérebro e exercitá-lo de forma a mantê-lo saudável”. Para Gupta, é preciso encontrar um propósito. Qual?  Ele sugere um exercício: tente se lembrar da última vez que se sentiu tomado por uma sensação de energia intensa, bastante estimulado. A resposta pode lhe oferecer pistas.

A importância do sono

      Muita coisa acontece – e precisa acontecer – durante o sono. O corpo se reabastece de várias maneiras que afetam todo o funcionamento do cérebro, do coração, do sistema imunológico e todo o metabolismo. O sono muda com a idade, mas isso nao siginifica que ele deva ter pior qualidade.

Como ter um bom sono

    Especialista traz algumas sugestões. Tente dormir e despertar sempre no mesmo horário; acorde de preferência nos primeiros sinais de luz do sol; tome cuidado com o que bebe e come (café depois de certo horário, nem pensar); tome cuidado ao tomar remédios para dormir; elimine aparelhos eletrônicos do quarto; crie uma rotina que faça com que seu corpo se lembre diariamente de que é hora de dormir e vá se preparando para isso.

Saber relaxar

      Mesmo durante um dia cheio de trabalho, passar alguns poucos minutos que sejam fora do computador, sem checar e-mails ou mensagens, já pode ajudar. E, se a mente começar a viajar, não apenas deixe: embarque com ela. 

Mantenha-se conectado em especial fora das redes

     Uma pesquisa de 2016 mostrou que o isolamento aumenta em 29% o risco de doença cardíaca e em 32% o de AVC. A solidão acelera o declínio cognitivo em adultos mais velhos. Aqui, a sugestão é dupla: procure fazer parte de grupos, conecte-se a outras pessoas, e proponha-se, com elas, a realizar atividades desafiadoras.

O poder do toque

     Estar com outras pessoas e compartilhar com elas um sorriso pode ser libertador, lembra Gupta. Assim como o toque; mãos dadas, abraços, um simples tapinha nas costas. Parece pouco. Mas o autor garante que não é.  Tocar o outro, ele explica, é um modo de se conectar que evoca o desejo ancestral do ser humano de se proteger. E de se sentir parte de um grupo. 

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.                      g.consolaro@yahoo.com.br 

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