Temos lido bastante sobre o assunto, deparamos com o livro “Mente Afiada” do neurocirurgião Sanjay Gupta e outras publicações e artigos de revistas especializadas, pelo que ficamos motivados a fazer um sumário para conhecimento de nossos leitores.
Nunca é tarde
Sempre se tem dúvida se depois de certa idade temos capacidade de
aprender? Sim, diz Dr. Sanjay: “A combinação da memória com a possibilidade de
gerar novos neurônios significa que continuamos a mudar as informações, a
capacidade e a potência de aprendizagem do cérebro".
Movimente-se!
Segundo o médico, “a única atividade comportamental cientificamente
comprovada que provoca efeitos biológicos benéficos para o cérebro”. Quer dizer
que na prática realizar exercícios ajuda a preservar as funções do cérebro. E,
além disso, pode ajudar a evitar a pressão alta ou diabete, que aumentam a
probabilidade de problemas como a demência.
Contra o estresse
A prática de exercícios físicos
também ajuda, diz o autor, a lidar com o estresse. E isso é importante
por uma questão química. Em situações de estresse, o corpo libera o hormônio
cortisol – e pesquisas têm mostrado que o nível elevado de cortisol afeta
negativamente a memória e aprendizagem.
Palavras cruzadas
A
ideia de que fazer palavras cruzadas ou atividades semelhantes mantém o cérebro
jovem é, infelizmente, um dos mitos sobre o envelhecimento. “Elas só exercitam
uma parte do cérebro, em geral, a capacidade de encontrar palavras”. Diz Gupta.
Ter um propósito
Manter a mente ativa é fundamental. Isso não significa jamais se aposentar
ou seguir trabalhando para ocupar a cabeça. Mas é preciso “mexer o cérebro e
exercitá-lo de forma a mantê-lo saudável”. Para Gupta, é preciso encontrar um
propósito. Qual? Ele sugere um
exercício: tente se lembrar da última vez que se sentiu tomado por uma sensação
de energia intensa, bastante estimulado. A resposta pode lhe oferecer pistas.
A importância do sono
Muita coisa acontece – e precisa acontecer – durante o sono. O corpo se
reabastece de várias maneiras que afetam todo o funcionamento do cérebro, do
coração, do sistema imunológico e todo o metabolismo. O sono muda com a idade,
mas isso nao siginifica que ele deva ter pior qualidade.
Como ter um bom sono
Especialista traz algumas sugestões. Tente dormir e despertar sempre no
mesmo horário; acorde de preferência nos primeiros sinais de luz do sol; tome
cuidado com o que bebe e come (café depois de certo horário, nem pensar); tome
cuidado ao tomar remédios para dormir; elimine aparelhos eletrônicos do
quarto; crie uma rotina que faça com que seu corpo se lembre diariamente de que
é hora de dormir e vá se preparando para isso.
Saber relaxar
Mesmo durante um dia cheio de trabalho, passar alguns poucos minutos que
sejam fora do computador, sem checar e-mails ou mensagens, já pode ajudar. E,
se a mente começar a viajar, não apenas deixe: embarque com ela.
Mantenha-se conectado em especial fora das
redes
Uma pesquisa de 2016 mostrou que o isolamento aumenta em 29% o risco de
doença cardíaca e em 32% o de AVC. A solidão acelera o declínio cognitivo em
adultos mais velhos. Aqui, a sugestão é dupla: procure fazer parte de grupos,
conecte-se a outras pessoas, e proponha-se, com elas, a realizar atividades
desafiadoras.
O poder do toque
Estar com outras pessoas e compartilhar com elas um sorriso pode ser libertador, lembra Gupta. Assim como o toque; mãos dadas, abraços, um simples tapinha nas costas. Parece pouco. Mas o autor garante que não é. Tocar o outro, ele explica, é um modo de se conectar que evoca o desejo ancestral do ser humano de se proteger. E de se sentir parte de um grupo.
Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.
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