Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor
Quando este cronista nasceu, o Brasil saía de uma ditadura (Estado Novo) e depois veio outra, implantada pelo golpe militar de 1964. O Brasil vivia uma democracia cravada de períodos autoritários. Esta última (1964-85), comecei a contestá-la em 1969 na faculdade. Até me prenderam por subversão, participei da campanha das diretas, me elegi vereador (1983-88). Eu queria mesmo é votar para presidente! Não havia votado, só para cargos miúdos.
Povo querendo votar para presidente. Aí surge nesse
movimento um falso caçador de marajá na minúscula Alagoas que sempre contribui
com cobras criadas para a política brasileira. Ultimamente, com um tal Arthur
Lira. Fernando Collor de Mello encantou as mulheres com sua elegância, tinha
uma vida de marajá, filho de família tradicional de Nordeste Brasileiro.
Na verdade, o Safadão do Nordeste já era um prenúncio do
bolsonarismo. A vitória de Collor organizou a política em cada município. Em
Araçatuba, o oportunista foi Sidnei Cinti.
Assim, a democracia brasileira começa de forma arlequinal,
carnavalesca. Fiz a campanha do Lula, mas o caso de amor de Lula, antes do
casamento, a Miriam Cordeiro, tirou o operário do páreo. Atualmente tivemos
presidente com três mulheres, e as três se orgulhavam do sobrenome.
Em 1991, após o golpe nas cadernetas de poupança, eu já
estava gritando Fora Collor nas ruas de Araçatuba com cornetas em cima de um
fusca. Eu também militava na política sindical.
De repente, surge denúncia do irmão Pedro, a corrupção
praticada por PC Faria e a avalanche dos caras pintadas. Nem precisa
contar como terminou: impeachment e renúncia. Mais um vice assume: Itamar
Franco
QUEM MATOU A ONÇA?
A onça que atacou um caseiro no interior de Mato Grosso do
Sul não deve voltar à região de mata onde foi capturada. O felino está sendo
tratado no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande
(MS), e, posteriormente, deverá ser encaminhado para um recinto provisório ou
definitivo, a ser definido pelo governo. CORREIO DO ESTADO, 28/04/20252
Certamente, a onça ajoelhou-se e agradeceu a Deus: obrigado por me mandar comida. O caseiro certamente fez seu pedido lamentoso, mas não foi ouvido. E ouvir uma voz cavernosa dizer: chegou a sua hora de destruidor morrer.
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