AGENDA CULTURAL

16.8.06


Parada gay no Beira-Rio
Hélio Consolaro


Hoje tem decisão da Taça Libertadores da América. O nome desse certame é bem revolucionário, está mais para Hugo Chávez que Lula, mas na Venezuela o futebol é um esporte qualquer, não tem a preferência nacional.Claro que é bom ter a disputa entre dois times brasileiros, embora não seja ótimo para a integração latino-americana.Então, já que a disputa ficou entre dois brasileiros, sou colorado desde criancinha, embora não aprecie os trejeitos gaúchos.


Você, caro leitor, não sabe qual a diferença entre um gaúcho e uma roseira? Molhe o pé dos dois, o que der o botão primeiro é o gaúcho.O
Inter nunca foi campeão, por sua campanha, merece um título.

Se na disputa estivesse o Corinthians, que é virgem em termos de Libertadores, o Consa não teria o mesmo comportamento, porque corintiano precisa ficar na lista de espera, amadurecer mais, ter humildade, curtir uma série B, por exemplo, como fez o meu Palmeiras. Que desgosto! Ter que ouvir o jogo pelo radinho de pilha.

Apesar de torcer pelo Inter no jogo de hoje, sei que no Estádio Beira-Rio será uma monstruosa parada gay: gaúchos de um lado, em maioria; e de outro, os bâmbis do São Paulo, visitando Porto Alegre.

É bom dizer que as Gaivotas da Fiel andam se manifestando estrondosamente na avenida Paulista, sendo maioria, roubando a bandeira do homossexualismo dos são-paulinos.

Papai Noel, nas festas natalinas, ao fazer suas entregas na cidade de São Paulo, passa sempre pelo Morumbi, entrando e saindo em disparada no Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Sabe por quê, caro leitor? Para trocar os veadinhos.

Para não dizerem que o Consa é parcial, coisa e tal, lá vai uma piadinha do Palmeiras: você sabe, caro leitor, qual é o menor circo do mundo? Resposta: a camisa do Palmeiras, porque só cabe um palhaço dentro!

Reproduzo nesta coluna as pulseiras de cada torcida, cujas fotos foram remetidas pelo leitor Iranílson, palmeirense encardido. Só para provocar. Brincadeiras à parte, nada contra, mas essa zoada, essa gozação, faz parte da alegria entre as torcidas. Extrapola quando parte para a violência.

Cada um faz a sua opção de vida, inclusive a sexual. Afinal, a democracia não pode ser apenas política, ela precisa permear também a nossa convivência.

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