As andanças do cronista

Hélio Consolaro

No domingo de manhã, estive no Sest-Senart, lá perto do Hospital da Unimed, assistindo à solenidade da Semana Nacional do Trânsito, que foi de 18 a 25 de setembro.

E tive a oportunidade de ouvir belas músicas do repertório brasileiro, como Asa Branca, Cuitelinho, cantadas pelo coral das Empresas Reunidas Paulista, com participação da empresária Aurivânia Constantino e colaboradores, sob a regência de José Renato Gimenes.

Também ouvi o coral infantil da Emef José Machado, cantando o hino de Araçatuba, composto pela professora Sarah Barbosa (presente à solenidade) e pelo saudoso maestro José Raab, representado por sua família.

A minha ida ao local se deveu à parceria do Sest-Senart com a Academia Araçatubense de Letras, pois durante a semana também foi lançado o livro “Um anjo gerado por mim”, de Maria Alves Neves, de Gastão Vidigal.

O livro conta o sofrimento da mãe (autora) ao perder seu filho Marquinho, morto por acidente de trânsito em 2001, com 26 anos de idade. Foi impresso nas oficinas desta Folha e teve a revisão da acadêmica Marilurdes Campezi.

Na segunda-feira, 25/9, estive na Feira Itinerante de Livros, promovido pelo Senac-Araçatuba, batendo papo sobre “Português & Internetês”, quando mostrei aos presentes depoimentos de lingüistas e gramáticos, dizendo que o internetês não é prejudicial ao português.

E acrescentei que toda essa polêmica se deve ao processo de alfabetização do brasileiro, que ainda é feito pela silabação, em vez de ensinar a leitura gráfica. Esse erro proporciona a subvocalização: a pessoa pronuncia mentalmente as palavras ao ler um livro, fazendo com que a leitura fique custosa, sem nenhum prazer.

A educadora Maria Paula estava lá me ouvindo, me passou este e-mail no dia seguinte: “Caro professor, gostaria de lhe dar os parabéns pela palestra feita ontem no Senac. Certamente, meus horizontes de comunicação se abriram e consegui deixar alguns preconceitos em relação à leitura que carreguei nesses 'caminhos suaves' (risos).

Sou educadora ambiental e sinto muita dificuldade em ensinar meus alunos a ler nas entrelinhas, pois acredito que essa sim é a melhor das leituras. Grande abraço e obrigada pelos ensinamentos.”

Depois dessa mensagem, fui dormir feliz, com o ego inflado.

A partir de 14/10, (quatro sábados seguidos, das 9h às 12h), o pólo avançado do Sesc-Araçatuba estará promovendo a oficina: “Texto & imagem: uma experiência criativa”, com Paulo Brasil (fotógrafo – Birigüi) em parceria com este reles cronista. Vagas limitadas: 18 3608 5400. Inscrição gratuita.