Camisinha rápida

Hélio Consolaro

Inventaram na África do Sul a camisinha rápida, porque usar a borrachuda atualmente exige paciência, tira tesão até de adolescente. Se for um cinqüentão, nem se fala...

Abrir a embalagem, usando os dentes. Melhor mesmo é usar os dentes para tirar a embalagem da mulher. Pôr o preservativo é uma tarefa escorregadia. Descobrir qual é o lado correto, antes de desenrolar, exige perícia. Quando se põe o preservativo, o clima foi embora. Ou o bilau já desistiu, pensou que fosse touca e dormiu. Fica para amanhã! Credo! Ninguém vai tomar Viagra para pôr camisinha.

Ainda mais na África, onde os homens têm fama de bem-dotados... Cada manivela... Quanto maior, mais traumática a queda... Por isso, os sul-africanos ganharam mais um motivo para dar uma rapidinha: a camisinha super-rápida, que pode ser colocada em menos de três segundos! Uau!

Após cinco anos de estudos (como demorou!) na busca de uma solução rápida para o problema, o sul-africano Willem van Rensburg concluiu que uma das razões do não-uso da borrachuda entre os casais é o excesso de tempo necessário para colocar o preservativo: de 15 a 20 segundos. Aquela chatice.

A borrachuda salva vidas, mas muitos casais perderam o clima de um momento romântico. Põe daqui, ajeita dali, estica, não há solenidade que resista. De repente, a mulher pergunta:

- Que estamos fazendo aqui mesmo?

O Consa indica Willem van Rensburg ao prêmio Nobel do Amor, do Erotismo, da Sacanagem. Afinal, o que sobra da vida é isso mesmo... Freud tinha razão.

O novo preservativo poderá ser colocado em menos de três segundos. Quem for mais rápido, em apenas um segundo. É só rasgar a embalagem e desenrolar diretamente sobre o pênis. Que tal fazer uma gincana para ver quem põe a camisinha mais rapidamente, transmitida ao vivo, pela tevê, como o Big Brother Brasil.

Muita gente se queixa de que nos preservativos convencionais é preciso procurar a direção certa para desenrolar. Na nova camisinha, há um mecanismo de plástico que permite desenrolar o preservativo sobre a vara criminal.

Em princípio, o preservativo será vendido apenas na África do Sul, mas poderá ser exportado no futuro. Que sacanagem! Só lá! E aqui? Que tal o ministério da Saúde fazer a camisinha genérica?

A fábrica fica na Cidade do Cabo (nome bem sugestivo), e segue os padrões internacionais de qualidade. Os preservativos podem ser comprados em vários tipos e para todos os gostos: com sabores de frutas, cores diferentes. Afinal, chupar bala embrulhada precisa ter uma compensação. E há várias medidas, como: grossos, finos e extrafinos (claro, não é o caso do Consa).