6.12.07
Assim eu disse sim
Hélio Consolaro
Abri uma pasta nos arquivos de meu computador: Rotary. Como essa máquina renovou minha vida profissional, ter lá uma pasta própria significa estar no meu coração. Aquilo que consigo verbalizar está no computador em forma de texto.
Não queria fazer de minha entrada no Rotary nenhuma divulgação, que as pessoas fossem descobrindo, mas os “companheiros” de clube cobravam:
- Não vai escrever sobre nós!
Cheguei à conclusão que nem sempre as coisas acontecem como se quer: uma vez na mídia, mídia será. Não posso reclamar, a vida tem sido boa para mim. Para quem correu o risco de não sobreviver ao parto, estar na beirinha dos 60 anos, com todo gás, e ser respeitado por sua cidade, não há coisa melhor.
Confesso, caro leitor, que não estava no meu script ser um rotariano. Achava isso meio burguês, baba ovo dos norte-americanos, mas no roteiro de vida de cada um, todo mundo mete o bedelho, principalmente Deus, então aprendi com o Zeca Pagodinho que tenho que deixar a vida me levar, não ficar no controle a todo momento, mas ir ao sabor da onda.
Assim, esse linguarudo foi convidado várias vezes para jantar no clube Cruzeiro do Sul pelo companheiro Delcyr Jesus Camilo, colega de classe dos tempos de faculdade. Lá encontrei muitos amigos, como Maria Helena Rosseto, também colega de classe, Maria José Fontoura e Leda Geralde (colegas de magistério), o Natal Luiz Sbrana, advogado. E fatalmente veio o convite:
- Você não quer ser rotariano?
Pensei, pensei. Conversei com a Japa. Chegamos à conclusão, apesar do Rotary não ser um clube da terceira idade, que, para a velhice para não ser chata, deve ser repleta de amigos, não só aqueles da juventude, mas novos amigos. E o Rotary seria um bom caminho. E é tão gostoso ser aceito como se é. Assim eu disse sim.
Li todos os documentos, estatutos, princípios e não vi nada que não coincidisse comigo. Além disso, continuo sendo chamado de “companheiro”, como se eu estivesse em antigas reuniões petistas. Quem faz uma entidade são as pessoas que a compõem e para conviver bem sempre há renúncia.
Assim, a Maria Auxiliadora dos Santos Cintra (a Dora), a presidenta do clube Cruzeiro do Sul – Araçatuba, Delcyr Jesus Camilo, a Leda Geralde, o Francisco Flávio Machado, a Marlene Beldinanzi Kato foram à minha casa formalizarem o convite. E no dia 15 de outubro, Dia do Professor, fui empossado. Soou como uma homenagem aos meus 36 anos de magistério.
Assim, vivo o companheirismo. Já que não tive pique para ser herói, apenas para galhofeiro, deixo a vida me levar em seu mar imenso com suas pequenas surpresas. Sou rotariano.
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