Hélio Consolaro
Se eu pudesse, ficaria lendo o dia todo “spans” – mensagens eletrônicas não solicitadas, mandadas por amigos. Está certo que alguns “velhinhos aposentados” que têm todo o tempo do mundo exageram na dose, entopem nossa caixa postal de mensagens.
Recebi frase do pensador Albert Schwweitzer num desses “spans”. Já havia lido tal pensamento, mas não recordava quem era o autor e como estavam organizadas as palavras. Como estamos adentrando a semana que é véspera de Natal, refletir sempre é bom.
As felicitações nesta época do ano se transformam em chavões, frases feitas, este croniqueiro quer construir o Natal com palavras frescas, viçosas. Estranhou, caro leitor? Natal, como qualquer festa religiosa, é construído por símbolos. E às vezes há desgaste geral deles e as mensagens se tornam estéreis.
Como já disse o Mestre, amar os amigos é fácil, não precisa participar do mundo das excelências, duro mesmo é amar e respeitar os inimigos. Assim, deseja-se “Feliz Natal e próspero ano novo” a granel, mas na hora H, servimos a dois senhores: somos a favor da pena de morte, a favor do aborto. Para se vingar, somos a favor de toda e qualquer desgraceira.
Então a frase do prêmio Nobel da Paz de 1952 nos faz refletir sobre um amor concreto, sem aquele sentimento nebuloso e piegas: “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da Criação, seja animal ou vegetal; ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante". Albert Schwweitzer.
Pense nisso, caro leitor. Você tem uma semana para construir o seu Natal, como fez a Prefeitura de Guararapes na foto: construíram árvores de Natal com 15 mil garrafas “pet” (embalagem plástica para refrigerantes). Reciclaram a matéria e enriqueceram o espírito. Quem respeita o meio ambiente não faz a guerra, porque valoriza todos os seres vivos, inclusive os seus semelhantes.
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