AGENDA CULTURAL

2.7.11

A escrita de um homem vulnerável - Ernest Hemingway

Compilação de 6 mil cartas de Ernest Hemingway, que cometeu suicídio há 50 anos, desmonta o mito de macho orgulhoso e insensível em torno do qual se fixou a imagem do vencedor do Nobel de 1954
01 de julho de 2011 | 17h 54

Movido pelo desejo de simplicidade, Ernest Hemingway (1899- 1961) saiu de Paris para presenciar uma tourada em Pamplona, na Espanha. O ano era 1923. Ele queria ver sangue correndo e assim aprender a ser um escritor mais consciente do seu ofício. "Uma das coisas mais simples e fundamentais é a morte violenta", declarou o ficcionista americano, consagrado nas décadas seguintes como praticante da prosa enxuta. Imaginava ele ser o duelo fatal entre touro e toureiro o momento ideal para ter uma perspectiva do mundo inteiro em um só lance - a escrita era para ele exercício de condensação. Depois da visita a Plaza de Toros, Hemingway se tornou um amante das touradas. E reforçou a fama de machão, inseparável da lenda do escritor que acumulou sucesso e orgias alcoólicas.


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