Um
documentário sobre duas prostitutas sexagenárias exibido na Holanda
abriu um debate sobre o sexo na terceira idade e a dura realidade da
profissão.
Para muitos, bom humor das irmãs é lição de perseverança |
O filme, co-dirigido por Rob Schroder e Gabrielle Provaas, leva o espectador a partes de Amsterdã ligadas às memórias das irmãs.
Martina e Louise aparecem em cenas comprando vibradores como se faz a compra de supermercado, discutindo prós e contras de cada produto.
Nas palavras da organização do 24º Festival Internacional de Cinema de Amsterdã, onde foi exibida pela primeira vez, a obra está "repleta de detalhes picantes sobre clientes às vezes inesperados, como um padre".
Polêmica
Desde a estreia, o filme se tornou o documentário mais visto nos cinemas holandeses e ganhou adaptação para o teatro.Segundo os organizadores, um livro baseado no filme já vendeu 20 mil cópias.
Gêmeas se livraram de cafetões e trabalharam por direitos da categoria |
Apesar do sucesso de público e crítica, o filme não chegou sem polêmica. Alguns espectadores reclamaram que o filme idealiza e promove a prostituição ao dar espaço e voz para as irmãs.
Outros avaliaram que o bom humor de Louise e Martine é um exemplo de vida e perseverança para outras pessoas.
Apesar da atitude das irmãs, a própria participação delas no filme expõe uma dura realidade da prostituição. Para ambas, Meet the Fokkens pode ser uma oportunidade de ganhar um trocado para o pé de meia.
Enquanto Louise deixou a profissão há dois anos, Martine continua vendendo o corpo.
"Ela precisa do dinheiro. Não dá para viver da pensão do Estado", diz Louise sobre a irmã.
Embora o mercado de documentários não seja particularmente lucrativo, as irmãs estão paralelamente escrevendo um livro de memórias que, esperam, vá contribuir com a poupança do futuro.
Um comentário:
Cabe os mais efusivos encômios às distintas damas. Foram pra luta e viraram história na força de trabalho do país. Puta não é nome que lhes cabe.
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