Como foi de festança, caro leitor! Antigamente, a festança era mesmo no Dia de Natal. Hoje, os festejos natalinos começam em 1.º de dezembro, amigo secreto aqui e acolá, almoços e jantares de confraternização. Em dezembro, a vida vira uma festa...
Durante a semana interregna, comemos a sobra do Natal, tudo já-te-vi, remexido, com acréscimo de algo mais picante para esconder aquele sabor desagradável de comida requentada. E isso vai até a festa do ano novo. Esta semana interregna é de fastio.
Blog do Consa vai lhe dar, caro leitor, uma receita de culinária, entrar na seara alheia. Nestes dias de fastio, o melhor mesmo é o “arroz de puta”. Isso mesmo: arroz de puta. Nos receituários, há arroz de puta pobre e de puta rica. Tem esse nome pela facilidade e rapidez no preparo, e muito saboroso! E os homens maldosos já puseram o apelido no arroz semelhante que a esposa fazia em casa nas horas de muita pressa.
Está escandalizado, caro leitor? Eu já comi punheta de estudante em Salvador , tomei sêmen de saci na Expô! Quer mais? Não! Então, paro por aqui.
Arroz de puta é um tradicional prato goiano que leva arroz, sobras de carne e feijão. Atualmente, ficou mais rico e saboroso, até requintado – leva costelinha de porco defumada, lingüiça de lombo de porco, toicinho defumado, sobrecoxa de frango, azeitona, palmito, tomates e ervilhas frescas. Meio semelhante à galinhada.
Os cabeçudos já andam dando outro receita para o “arroz de puta”, só para esculachar com os inimigos: arroz, picadinho de mãe. Um bom prato para ser servido pelo eu-lírico do poema “Minha mãe está na zona”, de Heitor Gomes, O Poeta das Multidões.
O perfil de “mulher da vida” de tempos atrás, década de 50 e 60, parece a mulher séria de hoje. Nenhuma diferença com as vestimentas, no jeito de agir.
Então, caro leitor. “Arroz de puta” é apenas um nome folclórico que pouco se justifica nos dias atuais, porque todas as mulheres hoje são da vida, livres, donas de seu nariz, sem submissão e fazem arroz de puta para enfrentar a vida moderna. Hoje, submissas são elas, as putas.
Então, caro leitor, nesta semana coma arroz de puta à vontade!
Um comentário:
A-d-o-r-e-i ! O texto, as pontuações, o humor "zémiltiniano"(acabo de inventar o termo; é meu, ninguém tasca; vou registrar patente!). Enfim, Secretário, o senhor sempre nos brindando com seu blog incrível.
A conclusão do tema realmente foi muito pertinente: nem doidas, nem santas, simplesmente...Mulheres, bem donas do nariz mesmo. Abração, querido!
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