AGENDA CULTURAL

16.7.12

O HINO NACIONAL, POR MARIA ZEI BIAGIONI

(Atualmente, a autora mora em Araçatuba)
m-zei@hotmail.com

Capa do livro - 26 páginas - ele traz um CD com a execução do hino, instrumental e cantada

“O verde-amarelo da nossa bandeira está colorindo as cidades com bolas, fitilhos, camisetas e bandeiras: nas ruas com os vendedores ambulantes, nas lojas, adornando as vitrines, bem como nos bares, restaurantes e outdoors e nas janelas de torcedores apaixonados. É o sentimento cívico que começa a despontar por ocasião da Copa do Mundo...”

UMA HISTÓRIA QUE POUCOS CONHECEM
O verde-amarelo da nossa bandeira está colorindo as cidades com bolas, fitilhos, camisetas e bandeiras: nas ruas com os vendedores ambulantes, nas lojas, adornando as vitrines, bem como nos bares, restaurantes e outdoors e nas janelas de torcedores apaixonados.

É o sentimento cívico que começa a despontar por ocasião da Copa do Mundo e a nossa Pátria passa a ser pensada através de dois símbolos : a Bandeira e o Hino Nacional . Porém esse espírito de brasilidade deveria ser permanente em função ao amor e respeito por eles, começando nas escolas desde os primeiros anos, através da sua história que percorre os acontecimentos da História do Brasil, da Independência à República, desenvolvendo o prazer de entoá-lo corretamente, compreendendo o significado do seu poema com ênfase na sua belíssima melodia.

COMO SURGIU O NOSSO HINO NACIONAL BRASILEIRO
Por ocasião da Independência do Brasil, os brasileiros que se encontravam na expectativa de ver a Pátria livre compuseram versos , entre eles D. Pedro I e o brasileiro Francisco Manuel da Silva.
O hino de D. Pedro I foi executado na noite da Independência, em São Paulo ( 07 de setembro de 1922 ) e em sua homenagem passou a ser o nosso Hino da Independência com letra de Evaristo da Veiga. O hino composto por Francisco Manuel da Silva passou a ser consagrado pelos brasileiros e conhecido como “Hino Brasileiro “ executado em todos os momentos históricos, porém sem uma letra adequada.

No dia 07 de abril, com a abdicação de D. Pedro I, Ovídio Saraiva adaptou ao então Hino Brasileiro uns versos para serem cantados na partida de D. Pedro I, no dia 13 de abril, mas que se referia aos portugueses de maneira um tanto agressiva.


Na coroação de D. Pedro II, foi executado novamente com outra letra, referindo-se às virtudes de D. Pedro II, com autor ignorado.


Por ocasião da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, foi instituído um concurso para escolha de um Hino Nacional Brasileiro com ideias republicanas, sendo convidados todos os músicos e poetas da época.


O concurso aconteceu no dia 20 de Janeiro de 1890, dois meses após a República, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, sendo vencedor o Hino com música de Leopoldo Miguez e letra de Medeiros Albuquerque . Após a execução do hino vencedor, a Banda regida pelo maestro Carlos Mesquita começa a tocar o "velho hino" de Francisco Manuel, consagrado pelos brasileiros e a platéia em pé aplaudindo delirantemente repetia em côro: "Queremos o velho".


O então Presidente Marechal Deodoro da Fonseca diz: "Eu também prefiro o velho" , sendo lavrada a ata nº 171 de 20-janeiro de 1890, que institui como Hino Nacional Brasileiro a música de Francisco Manuel da Silva, sem letra, e o vencedor como Hino da Proclamação da República.


LETRA DO NOSSO HINO
O governo pede aos poetas que adaptem uma letra e entre as várias enviadas, foi escolhida a de Joaquim Osório Duque Estrada em 1909. Alberto Nepomuceno, um músico brasileiro, fez umas adaptações para efeito da prosódia, sendo oficializada pelo decreto nº 4559 de 21-08-1890 e publicada no Diário Oficial, na véspera das comemorações do centenário da Independência.
Maria Zei - NA FOTO - é autora dos livros A CRIANÇA É A MÚSICA – em parceria com Marcia Visconti e Neide Rodrigues Gomes - e Hino Nacional Brasileiro fruto de sua pesquisa motivada pela paixão de ensinar, atividade que praticou durante toda a vida, primeiro como professora primária e logo como professora de Música. Graudada em Piano e Ed.Artística pelo Insitituto Musical São Paulo, foi por mais de 20 anos professora de Teoria e Percepção da Universidade Livre de Música.  
 
Começou sua carreira profissional como professora do antigo Curso Primário. Seguindo sua vocação para o magistério e, em especial para Música, graduou-se em Piano e Canto Orfeônico, ingressando no magistério oficial em 1959, por concurso público. Posteriormente licenciou-se em Educação Artística.
 
Com a saída da música do currículo escolar, junto com as professoras Neide Rodrigues Gomes e Márcia Visconti, elaboraram o projeto: "A Música no processo de formação da criança e do adolescente" com o patrocínio da Indústria de Pianos Zimermann, percorrendo 40 cidades do interior do Estado de São Paulo, além de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Desde então, tem participado de projetos para capacitação de professores com o objetivo de introduzirem a música nas escolas.

 Ao se aposentar, trabalhou na Universidade Livre de Música - ULM - SP, até 2009, dando aulas de Teoria e Percepção Auditiva e cursos livres de capacitação para professores.
Com as Professoras Neide Rodrigues Gomes e Márcia Visconti, publicou o livro "A Criança é a Música", pela Fermata do Brasil e Guia para Educação e Prática Musical em Escolas.

Por ocasião das comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil, escreveu o livro "Hino Nacional Brasileiro", dedicado as crianças e jovens.
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