Hélio
Consolaro*
Palco na convenção municipal do PT - Cido Sério ouve o candidato a vice-prefeito, Carlos Hernandes (PMDB) |
Cada pessoa
tem a liberdade de adotar uma posição diante da vida, mas isso tem preço e consequências.
Como num filme, num romance, numa novela, em nossa vida nada ocorre sem que
tenha sentido. A cada dia construímos nossa máscara social, ou seja, como
queremos ser conhecido diante dos outros.
Escrevo isso
porque estamos vivendo um momento peculiar em nossas cidades, as eleições
municipais. Nesta ebulição eleitoral, constroem-se novas lideranças, consolidam-se
outras, enterram-se algumas. Cada município constrói sua histórica política e
contribuir também para formar a história do estado e da nação.
Se você,
caro leitor, for candidato a alguma coisa pela primeira vez, tente construir
sua marca registrada, não seja um picadinho de chuchu maltemperado, insosso.
Não existe coisa mais sem graça do que um candidato sem opinião, que queira
agradar a todos.
O dinheiro
numa campanha eleitoral ajuda muito, mas não basta. Ser prefeito de Araçatuba
era o sonho de João Rezek, pecuarista, herdeiro de grande fortuna, mas não
tinha carisma. Conseguiu ser constituinte em 1988, um mandato histórico, e não soube
aproveitar a grande oportunidade, porque faltava demais às sessões do Congresso
Nacional como deputado federal. Conclusão: encerrou sua carreira com esse
mandato, não tinha vocação para ser político, nem propostas para Araçatuba.
Exemplo mais
positivo é o prefeito Cido Sério (PT). Um Silva, cuja liderança foi construída
na periferia e pelo sindicalismo, que surpreendeu o centro de Araçatuba com sua
vitória em 2008 e com grande chance de reeleição neste ano. Recebeu críticas
por todos os lados pelos falecidos “formadores de opinião”, que não formam mais
nada, consolidou com muita paciência seu perfil na destemperança da oposição.
Alguns
membros da oposição burra ainda descarregam adjetivos pejorativos nas redes
sociais, dizendo isso ou aquilo de Cido Sério (PT), em vez de mostrar as
virtudes de seu candidato. Quem constrói seu discurso político falando mal dos
concorrentes está fadado à derrota, porque não tem propostas claras para a
política municipal, acha que política é apenas a construção de slogans e falar mal dos outros.
Se o
discurso de Cido Sério era bom em 2008, ficou melhor em 2012, porque agora ele
conhece os problemas de Araçatuba com mais profundidade, conviveu com eles diariamente.
Sabe de cor e salteado, nos seus pormenores, cada rua de Araçatuba, as
reivindicações de cada bairro. E ele não é dado a fazer promessas vãs. Se
aponta solução é porque sabe onde encontrá-la.
Em 04 anos, não foi possível solucionar tudo. A
cidade se encontrava num abandono generalizado, mas 70% de seus problemas estão
resolvidos. Araçatuba hoje está no cenário nacional, é uma cidade respeitada em
todo o Brasil.
Como as
pessoas, as cidades vão construindo a sua imagem conforme sua trajetória. Aquela
triste figura de cidade abandonada é um passado que precisa ser sepultado de
vez nas urnas. Pujança é a marca de seu futuro.
*Hélio
Consolaro é professor, jornalista e escritor. Atualmente é secretário municipal
de Cultura de Araçatuba-SP
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