02/08/2012 14h15
- Atualizado em
02/08/2012 14h15
País teve queda de 26% na criação de empregos com carteira assinada.
Já Araçatuba teve um aumento de 25% neste primeiro semestre do ano.
Enquanto o número de contratações com carteira assinada teve queda na maioria das regiões do país, em Araçatuba (SP) o aumento foi de 25%. E o setor que está contratando mais é o de serviços.
A copeira Adalgisa Alves de Lima há dez anos trabalhava na informalidade, como diarista.
Há duas semanas conseguiu novamente um registro na carteira, agora como
copeira de um restaurante. “É bom para muitas coisas, porque agora
tenho registro na carteira, dentre outros benefícios”, afirma.
Araçatuba está na contramão da geração de empregos formais. É que
enquanto o Brasil neste primeiro semestre registrou queda de quase 26%
na criação de novas vagas, Araçatuba teve um aumento de 25%.
De acordo com a pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho,
Araçatuba nos seis primeiros meses do ano fechou com saldo de 3.239
novos empregos. Os quatro setores que mais contrataram e que também
registraram funcionários foram os de serviços (1.445), indústria (737),
construção de civil (104) e agropecuária (990).
Destaque para as usinas de açúcar e álcool, que contribuíram
diretamente para os índices positivos. “Elas terem iniciado o corte em
maio trouxe junto com o corte uma contratação maior do que a média do
Brasil”, afirma Marco Antônio Figueiredo, gerente regional do Ministério
do Trabalho.
Na área da saúde, o momento também é positivo para a geração de
empregos. No último ano foram 485 novas vagas criadas, mesmo sem a
construção de novos hospitais. “O que justifica este aumento primeiro é o
aumento da população e da demanda do serviço de saúde. E a criação de
mais serviços nos hospitais já existentes”, explica Erivelton Correa de
Araújo, presidente do Sindicato dos Empregados da Saúde de Araçatuba.
E existem vagas disponíveis ainda em vários setores. O de bares,
restaurantes e hotéis, por exemplo, está tendo dificuldades para
contratar funcionários qualificados. “Devido ao crescimento econômico há
disponibilidade grande de emprego. Quando fazemos o recrutamento, a
gente percebe que os empregados estão selecionando o trabalho, e não o
contrário”, afirma Liu Shang Chien, presidente do Sindicato dos Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares.
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