Como está atualmente a antiga cadeia pública de Araçatuba
Foto da Folha da Região
Recebi de Valtenir Pereira Dias, Tuta, ex-vereador de Araçatuba, com quem tive a honra de compartilhar a 9.ª Legislatura da Câmara Municipal de Araçatuba.
Como leitor assíduo deste blog, Tuta mandou um e-mail dando sugestão de utilização do antigo prédio da cadeia pública de Araçatuba, na rua General Glicério.
As minhas intervenções no texto serão feitas na cor vermelha.
"Certo dia eu passava defronte ao antigo prédio da cadeia e uma cena me
chamou a atenção, como profissional da segurança pública, que se preocupa em estudar
e procurar soluções contra a violência e também atrair bons fluidos para aquele
prédio e aquela rua, pois antigos comerciantes que ali se instalavam diziam, ao
encerrar suas atividades, que ali nada dava certo.
"Vi um artesão fazendo cadeirinhas de madeira personalizadas com o nome
da criança que o cliente indicasse, usando, com dificuldade os bancos que ali
existem, para expor seus produtos e usar suas ferramentas.
"Imediatamente atravessei a rua e já procurei pôr um dedinho de prosa com
o artista, para lhe falar da ideia que acabava de ter, naturalmente com receio
de ser mal recebido e qual não foi o meu espanto, quando ele parou um instante
e, não só a aprovou, como também a melhorou com o acréscimo de algumas sugestões.
"Aquele lugar já foi rejeitado para funcionar como abrigo de mulheres
vítimas da violência do marido, cogitado para local de trabalho de reeducandos
do CDP estacionamento e até para venda a alguma construtora, mas o mau agouro
e o preconceito por ali ter sido durante muito tempo um local de encarceramento
de seres humanos persiste com a dúvida de qual finalidade dar ao mesmo, para o
terror dos vizinhos, que veem a cada dia aumentar o seu uso por viciados em
droga e como esconderijo de delinquentes de toda espécie. [Naquela época, eu era presidente da Academia Araçatubense de Letras, solicitei a cessão do prédio à nossa entidade para que transformássemos o local na sede da AAL, com auditório, biblioteca, lojas de artigos culturais, oficinas culturais, preservando sua aquitetura prisional. O deputado estadual Roquinho Barbieri (PTB) estava intermediando com o Governo do Estado a nossa reivindicação. Até apresentou projeto na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) reconhecendo a AAL de utilidade pública estadual para que a concessão fosse concretizada. O legislativo paulista reconheceu a nossa entidade, mas o Governo do Estado preferiu entregar o prédio a uma entidade assessorada pela vereadora Edna Flor, sendo lá uma entidade de prestação de serviços a presos. Perdemos a oportunidade, e o prédio continua abandonado.]
"Que tal transformar aquele espaço todo, com algumas reformas e
adaptações, como um local para as artes em geral e o artesanato com cursos para
que os artesãos catalogados e interessados realizem seus trabalhos e troquem
experiências, bem como de estímulo e orientação com críticas e elogios de
monitores, para que as donas de casa, que pretendem melhorar a renda familiar
tambem realizem e exponham seus trabalhos.
"A fachada poderia ser pintada com a criatividade dos grafiteiros [...]
"Pronto! Com certeza o local passaria a emanar uma vibração altamente
positiva, com muita cor e criatividade, servindo de atrativo constante para o
comércio, mudando a mentalidade hoje existente sobre a rua! Já disseram, com total razão que a
beleza salvará o mundo! A solução contra a chamada "cabeça de burro
enterrada", os atrasos que Araçatuba já sofreu passa pela melhora de sua
psicosfera, através da vibração positiva da arte e da criatividade!
Valtenir Pereira Dias -Tuta |
"Que Araçatuba se transforme em capital da atividade artística e cultural
sem preconceitos, sem separações e, quem sabe, também não se transformará na
capital mundial do diálogo entre os homens e do estímulo à paz!
"Abraços de um policial sonhador, que passava as noites naquele local
tomando conta de presos e aproveitava o tempo bolando coisas [...]
Seu amigo,
Valtenir Pereira Dias Tuta
Observações do blogueiro: o Estado não concede seus prédios por tempo determinado a prefeituras. Nas concessões, o tempo é indeterminado e o prédio concedido pode ser requisitado de volta a qualquer momento. Por isso, a Prefeitura de Araçatuba nunca quis receber o prédio, porque investir nele, deixá-lo bonito, sob o risco de perdê-lo? Assim, cabe ao próprio Estado de São Paulo dar-lhe uma destinação.
Convido a Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), uma autarquia estadual vinculada à Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho a fazer lá a Casa do Artesão, com oficinas e vendas permanentes, restaurando o prédio, sem descaracterizá-lo como patrimônio histórico.
A ideia do Tuta é muito boa, basta o Governo do Estado querer viabilizá-la.
A ideia do Tuta é muito boa, basta o Governo do Estado querer viabilizá-la.
2 comentários:
Por que alimentar uma criança se amanhã ela pode morrer atropelada? Não é mesmo, Sr, Hélio Consolaro?
Por que alimentar uma criança se amanhã ela pode morrer atropelada? Não é mesmo, Sr, Hélio Consolaro?
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