Secretária Márcia Rollemberg participa de diálogo com ativistas
Mesa de debate Hip Hop |
Em meio a música e poesia os artistas abordaram temas como a história do Hip Hop, a importância da profissionalização dos artistas e debateram a realidade sociocultural, política e econômica do movimento no Brasil. MC’s, DJ’s, Grafiteiros, B’boys e ativistas da Cultura das ruas ecoaram suas realidades através de rimas e versos de oposição ao preconceito racial e social.
Para a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC), Márcia Rollemberg, convidada para a mesa de diálogo, “esta data preenche um espaço importante no mês da Consciência Negra, esse encontro reforçou a necessidade do Estado em promover cidadania para esta cultura que nasce nos guetos do país, e que produz um conteúdo de muito valor, e deve ser recompensado”, analisou.
A secretária também elogiou a iniciativa de trazer os ativistas do
movimento Hip Hop até o Congresso: “O encontro serviu para estabelecer
uma agenda permanente do movimento no Congresso Nacional”.
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Editais para Produtores e Criadores Negros em rimas
De forma descontraída, e ao timbre das rimas do Rap, Márcia Rollemberg lembrou que o MinC através da ministra da Cultura, Marta Suplicy, anunciará no próximo dia 20, Dia da Consciência Negra, o edital exclusivo para produtores e criadores de cultura negros. “Para pretos, políticas públicas, presença, protagonismo, palco, palmas e participação pelo país”, destacou a secretária que mencionou a música “Brasil com P”, do rapper GOG, que fala dos problemas sociais do país com palavras começadas com esta letra.
Profissão Hip Hop
A regulamentação das profissões para quem trabalha com o Hip Hop é uma das principais revindicações do movimento. O MC gaúcho, Mano Oxi, sonha um dia poder se aposentar pela sua profissão. “Estou há 20 anos no Rap, mas hoje o Estado não reconhece. Infelizmente, meu trabalho não me dá nenhuma garantia de sobrevivência”, clamou.
O deputado Romário defendeu que os artistas do Hip Hop devem ser amparados para entrar no mercado formal de trabalho. “Hoje este movimento faz parte de uma indústria que gera muita renda. Temos que trazer estes artistas para a formalidade.
Rap GOG |
O rapper GOG lembrou que outros ritmos têm o reconhecimento da nação, como o Samba e o Forró e, em ritmo de Rap, cantou “que é preciso conhecer um Brasil submerso, educado pelo grafite, pelo break, pelo DJ e os autores dos versos das ruas”.
Hip Hop
Hip Hop (também referido como hip-hop) é uma cultura artística que teve início durante a década de 1970 nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque. Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador oficial do movimento, estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura Hip Hop: o Rap, o DJing, a breakdance e a escrita do grafite. Outros elementos incluem a moda Hip Hop e as gírias.
No Brasil
O berço do Hip Hop brasileiro é São Paulo, onde surgiu com força nos anos 1980, dos tradicionais encontros na rua 24 de Maio e no Metrô São Bento, de onde saíram muitos artistas reconhecidos como Thaíde, DJ Hum, Styllo Selvagem, Região Abissal, Nill (Verbo Pesado), Sérgio Riky, Defh Paul, Mc Jack, Racionais MC’s, Doctor MC’s, Shary Laine, M.T. Bronks, Rappin Hood, entre outros.
(Texto: Pablo Rodrigo)
(Fotos: Elisabete Alves e Jéssica Tavares)
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