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Sexo
e amor podem parecer poços profundos, e dentro desses poços muitas
vezes podem caber mentiras. No jogo da conquista, tanto os homens como
as mulheres mentem para poder se aproximar e para se afastar, para
conseguir se encontrar. Vale tudo? |
Por Maria Helena Matarazzo*
www.maisde50.com.br
Sexo
e amor podem parecer poços profundos, e dentro desses poços muitas
vezes podem caber mentiras. No jogo da conquista, tanto os homens como
as mulheres mentem para poder se aproximar e para se afastar, para
conseguir se encontrar, se ligar, e também para deixar de se encontrar.
Na verdade, existem vários tipos de mentira. As clássicas são aquelas
que um homem conta, por exemplo, para conseguir transar com uma mulher.
Nesses casos, ele por vezes diz que não é casado quando é ou que vai se
separar quando não tem menor intenção de fazê-lo. A mulher, por sua vez,
mente mandando mensagens contraditórias. Pode dizer: "Você é bom,
ótimo, excelente, volte sempre", quando não pensa nada disso. Ou diz:
"Eu juro que vou", quando não sabe se vai.
Numa ponta da escala
está a mentira soft, dita de leve, mais para proteger o outro ou para se
proteger ("Vou só pegar uma bebida e já volto") na outra a mentira hard
deslavada, com a intenção de enganar, de ludibriar, do tipo "Você pode
me contar, eu nunca vou contar para ninguém".
No meio da escala,
vamos encontrar a mentira bem trabalhada. São aqueles casos em que, por
exemplo, você dá ao outro "liberdade sexual condicional", ou seja, "faça
o que quiser, exceto...". É como se dissesse: "Você é livre contanto
que eu não saiba de nada, que você não se apaixone, que isso não dure,
que você não fale de mim, que eu possa fazer igual, etc".
E entre
tantas outras existe ainda a mentira enrolada. Você mente e depois
desmente, diz que não transou quando transou e que transou quando não
transou.
No palco da vida, a maioria das pessoas mente
ocasionalmente, mas existem aquelas que mentem compulsivamente. Diz-se
que sete é conta de mentiroso talvez porque quando você conta uma
mentira depois precisa contar mais seis para encobrir a primeira e assim
por diante.
No dia-a-dia você pode usar a mentira como um escudo
ou uma espada. A espada são mentiras que ameaçam, que machucam, que
destroem, como inventar histórias ou mentir por inveja, por vingança.
"Eu acabo com a reputação dela se ela falar mal de mim". Essas são as
mentiras perigosas, malignas, ou seja, o lado negro da mentira. Mas
existem as mentiras benignas, as white lies, ou seja, o lado branco da
mentira. Essas são mentiras triviais, sem importância, desculpas por ter
se esquecido de alguma cosia ou por ter chegado atrasado. São às vezes
uma meia mentira ou uma meia verdade.
Na fase de sedução, ninguém
conta a verdade, toda a verdade e nada além da verdade. Sedução implica
mistério, se descobrir, se desvendar. Mas pouco a pouco os lances são
jogados, de uma nova maneira. O que importa não é mais blefar, mentir
para impressionar, para melhorar a própria imagem. Pouco a pouco você
vai deixando dicas e vendo como o outro reage. Mostrando que no seu
baralho não existem só quatro ases e um curinga, mas muitas outras
cartas. A vontade é poder se revelar, se exprimir sem precisar enganar,
sem precisar trapacear para ser amado. Se a mentira dominar, o risco
será a perda do outro, porque as zonas de mentira são contagiosas,
ampliam-se , propagam-se e impedem a descoberta, o encontro para valer. A
vontade é amar o outro por ele mesmo, descobrindo-o. Amá-lo por aquilo
que ele é de fato e revela. Não só para fazer um jogo de aparências e
ser um casal vitrine em que cada nova mentira convoca outra, porque
nesse tipo de jogo existe sempre uma agenda escondida e pode-se chegar a
um ponto em que basta uma mentira deslavada para liquidar a relação à
queima-roupa. Portanto, a vontade é encontrar a realidade do outro e
assim descobrir a verdade.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Amar é Preciso e Namorantes. |
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3 comentários:
Mas que diabo, professor, nao coloca fotos assim.
O texto é comprido, quando chega na foto o mause trava, enrosca, nao sei o que acontece.
Pra ler todo o texto é uma luta desgraçada.
E tem mais, eu nunca menti. Fica ai generalizansdo. O mundo pode até ser um moinho mas ESPELhO, não é.
Sedução é a arte da persuasão. O Mirto Fricote, conquistou todos os garotões que faziam seminário com ele. E hoje é feliz. Amém!
Engraçado, tive uma sorte danada, sô! Deu tudo dertinho, deu para admirar ou curtir a foto, e aquilo me levou a tempos idos, quando eu era bom nisso. Achei que foi muito milho para um bode velho, desdentado, coitado. Mas valeu. Obrigado, caríssimo Consa. Abraços, Bié.
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