Filme: Django livre – resenha, com trailer

Marco Ianner

Django – Unchained (desacorrentado em tradução literal) é o 1º filme do gênero faroeste do Diretor Quentin Tarantino que dispensa maiores apresentações. 

Em entrevista recente, antes do lançamento, Tarantino chegou a afirmar que este seria seu último filme, por que “sentia que era impossível concorrer com a era dos efeitos digitais”. Os admiradores de Tarantino esperam que isto não se cumpra...

Django teve sua pré-estreia pública adiada pelos produtores, pois seu lançamento acabou coincidindo com o último massacre nos EUA na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, que matou 26 pessoas – 20 crianças com idades entre 6 e 7 anos e seis adultos – na sexta-feira (14/12/2012 ) , Apenas os envolvidos no filme e seus familiares puderem assistir a porta fechadas.

A razão é simples: os filmes de Tarantino sempre apresentam tiroteios e golpes com muito sangue, muito longe dos efeitos escandalosos do cinema “trash”, mas o suficiente para abalar os menos avisados. Lembremos por exemplo, de Pulp Fiction de 1994 que, quando pelo solavanco do carro, um dos protagonistas estoura os miolos de alguém sentado ao seu lado espalhando o cérebro e o sangue  pelo teto e bancos do carro..A preocupação dos personagens simplesmente foi “como vamos limpar o Mercedes preferido do chefe?”.

Em Django, se mostra a crueza da escravidão negra nos EUA. E se nota perfeitamente por que o racismo tornou aquele país, um dos últimos a coibir a escravidão (coisas que os americanos insistem em não comentar).

O personagem principal, James Fox, solto por um caçador de recompensas (Christoph Waltz) por que conheceu em sua peregrinação três bandidos procurados e que, portanto, é um dos poucos que pode reconhecê-los, passa a ter além de ter a possibilidade de deixar a escravidão, ser um caçador de recompensas de HOMENS BRANCOS!!! A trama se desenvolve no melhor estilo bang bang, tendo como fundo, sempre a situação terrível a que os negros eram submetidos.

Além disso, Django precisa encontrar sua esposa, Broomhilda (Kerry Washington), escrava como ele, que está em uma fazenda no Mississipi, cujo dono é Leonardo di Capri, que mais uma vez tem uma brilhante atuação. Nesse enredo, não falta àquela imagem obscura e servil do “pai Tomás”, representado por Samuel Jackson.

A dica é a seguinte: NÃO PERCA ESSE FILME E VAI VÊ-LO ANTES QUE SAIA DE CARTAZ!

FICHA TÉCNICA

Diretor: Quentin Tarantino

Elenco: Leonardo DiCaprio, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt, Samuel L. Jackson, Christoph Waltz, Jamie Foxx, Kerry Washington, Walton Goggins, James Remar, Don Johnson, Anthony LaPaglia, Tom Savini, James Russo, Gerald McRaney, M.C. Gainey, Laura Cayouette, Gary Grubbs, Dennis Christopher, Rex Linn, Tom Wopat, Lewis Smith, Evan Parke, Sharon Pierre-Louis, Nichole Galicia, Cooper Huckabee, Misty Upham, Todd Allen, Catherine Lambert, David Steen, Shannon Hazlett, Johnny Otto, LaTeace Towns-Cuellar, Danièle Watts, Miriam F. Glover, Kinetic, Justin Hall, Jake Garber, Christopher Berry, Johnny McPhail, Mustafa Harris, Dana Michelle Gourrier, Michael McGinty

Produção: Reginald Hudlin, Pilar Savone, Stacey Sher, Harvey Weinstein

Roteiro: Quentin Tarantino

Fotografia: Robert Richardson

Trilha Sonora: Mary Ramos

Duração:165 min

Ano: 2012

País: EUA

Estúdio: The Weinstein Company / Too Super Cool ManChu / Super Cool Man Shoe Too / Double Feature Films / Columbia Pictures