Tem alho no amendoim - futuro promissor

Renata, como porta bandeira e Carlos Nova

Clóvis do Sesc

Havia poucas pessoas e muito acanhamento, ninguém queria sair da cadeira do Belisco e Petisco, mas  Fabinho e Renata, casal proprietário do boteco cultural da rua Gonçalves Ledo, 700 (esquina com a rua Marcílio Dias), tirou todos do comodismo, quebrando aquela vergonha de capiau, arracando os habituês das cadeiras, pondo-os atrás do trio elétrico. Como canta Caetano Veloso:

Atrás do trio elétrico
Só não vai quem já morreu
OUÇA A MÚSICA 

Assim, este blogueiro e secretário não teve alternativa: aderiu ao cordão "Tem alho no amendoim", deixando a Japa literalmente esperando sobre sapatos de saltos altos defronte ao boteco fechado. Subimos a rua Marcílio Dias, dobramos a José de Alencar, demos volta na praça São Joaquim e voltamos pela Gonçalves Ledo.  

Alho com amendoim, na boca da noie, cumprindo o trajeto

As pessoas saíam nas sacadas, admirados por ouvir marchinhas. Muitas, idosas, pulavam, relembrando os velhos tempos. Até um morador dos bancos da praça São Joaquim caiu no samba.

Renata e o secretário municipal de Cultura, Hélio Consolaro

O trio elétrico tinha a coordenação de Flávio Sacaramelli, o general da banda. Estavam figuras interessantes, como Sizar e sua esposa, Clóvis do Sesc, Talita Rustichelli (escritora, jornalista e música), Carlos Nova (ex-secretário municipal de Turismo), Mauro Rico.

Talita Rusticheli

E este hiperbólico blogueiro vaticinou: daqui a 10 anos, o cordão "Tem alho no amendoim" vai ter mais de 5 mil pessoas atrás do trio elétrico e Belisco e Petisco vai ser maior que o Bola Sete.

Segura, Fabinho e Renata! Os bons empreendimentos começam assim: pequenos, criativos, persistentes. E como disse Mauro Rico, participante do trio elétrico: "Viva todo mundo que deu uma força e viva todos os sem-vergonhas que compareceram".
   

A fachada do Belisco e Petisco