AGENDA CULTURAL

16.2.14

Cantatas ou cantadas?

Recebi a visita de Bete Medeiros (Elizabete Maria Medeiros), acompanhada do também escritor Marcos Alves, ambos de Guararapes. Falaram muito de como está a cultura na vizinha cidade de Araçatuba, querendo encontrar luzes no final do túnel, mas a parte melhor foi a entrega do livro "Cantata do amor ternura", de Bete Medeiros, Editora in house, Jundiaí-SP. Livro de poemas bem editado, com boa presença.    

Como já escreveu Márcio Martelli, "As cantatas de Bete Medeiros remetem-me ao romantismo de outrora, ao amor e a ausência dele. Bete é uma poeta que brinca com os sentimentos e faz isso como ninguém: 'Sinto-me em solidão cativa,/Pois dos olhos de ninguém recebo alento,/Tornando-me em dor perene, ativa,/A arrebatar atroz o sentimento.'"

E continua o resenhista da União Brasileira de Escritores: "São várias faces de Bete das mais diversas cantatas. São sentimentos guardados e despidos em versos que ora alegram, ora machucam. E fazer doer é o verdadeiro propósito da poeta. Escrever dói, mas é uma dor necessária à nossa alma, que viceja querendo extrair de dentro dela tudo o que incomoda e reprime." 
Bete Medeiros em noite de autógrafos

Ela não me disse expressamente, mas deve ser fã dos sonetos de Vinícius de Morais. Como não se dá com a camisa de força da métrica e da rima, seus versos são livres, deu-lhes o nome de cantatas. Todos os poemas são intitulados de cantatas. Seria inimaginável aquela tocha ambulante, irriquieta, sentada a uma mesa fazendo sonetos, contando sílabas. 
Como esse blogueiro é irreverente, gosta de fazer humor com tudo, bem que as cantatas podiam se transformadas em cantadas.

BIOGRAFIA
Elisabete Maria de Medeiros nasceu em Miranda, MS, capricorniana de 12 de janeiro de 1959. Iniciou na arte da escrita aos 7 anos, na cidade de Guararapes, SP, onde foi viver com a família desde os 6 meses de idade. Aos sete anos, já compondo suas narrativas imaginárias, lia tudo o que vinha pela  frente. Na adolescência, participou do Primeiro COncurso de Poesias, na Cidade das Escolas, em Lins, onde foi morar aos 12 anos de idade. Recebeu o primeiro prêmio pela poesia "O Trabalho". Passou então a produzir seus cadernos de poesia às escondidas, porque o primeiro fora, literalmente, rasgado pela sua tutora. Ao atingir a maioridade foi morar com sua irmã em São Paulo e em 1982 publicou seu primeiro livro de poesias pela Ponto Cardeal Publicações: "Caminhada", com prefácio de Fernando Coelho e capa de uma amiga, arquiteta, Rosângela Teixeira. Em 1984, publicou marginalmente o livro "Bandeiras de Primeiro de Maio et Venda$$", dedicado à Classe Operária, em pleno regime militar. Participou, na década de oitenta, dos movimentos literários promovidos pelo Grupo Poetasia, no Spazio Pirandello e no Edifício Martinelli; além do projeto "O Escritor", na Biblioteca da Secretaria Estadual da Cultura, com o livro " A Guerra no Galinheiro". Também ingressou na União Brasileira de Escritores como diretora, participando de três gestões. Em1990 publicou pela Lume Editora "O Cometa Xereta", além das antologias de contos e crônicas: "Conto de Fim de Século!", "Várias faces da morte" e "Reflexos de uma época". Em 1994 publicou pela Ícone Editora o livro técnico da área da nutrição "Cartilha do Gordo", em cuja área atua até hoje. Participou e participa de vários eventos literários. Reside atualmente na cidade de Jundiaí,SP. (Orelha do livro)  

Um comentário:

HAMILTON BRITO... disse...

Como diz um certo alguém, ela faz rimas em iva, mento...kkkk

Cantada...olha o assanhamento.