Escritores participantes do livro |
José Hamilton Brito*
No
dia cinco de abril de 2014, no Museu Araçatubense de artes
plásticas, o grupo experimental da academia Araçatubense de letras
lançou não apenas mais uma coletânea dos seus membros. Lançou “a”
coletânea, a de número onze.
Digo
porque nunca é apenas mais uma, pois cada uma se reveste de um quê
especial.
O
que é o grupo experimental?
Ele
é constituído de pessoas que gostam de se reunir para falar sobre
literatura e enquanto falam, aprendem.
Se
aprendem, aprendem com alguém.
Um
dia o professor Helio Consolaro pensou em criar um grupo assim;
submeteu a ideia aos seus confrades e confreiras e todos resolveram
que a proposta seria aprovada e se tornaram padrinhos e madrinhas de
todos nós.
Diga-se,
providência inédita em academias por todo o Brasil. Nem a
brasileira tem algo parecido. Tanto lá como cá, um objetivo comum:
o cultivo da língua portuguesa.
O
resultado de tão nobre causa tem dado frutos; do grupo saíram
vários para a academia araçatubense: Dr.Lourival Lautensclager,
Maria Luzia Vilela, Yara Pedro, Emília Goulart dos Santos.
Agora
mesmo, vários que o integram se candidatam às vagas abertas.
Como
funciona?
Simples,
você comparece todas as segundas terças feiras de cada mês, 19h30,
na sede da academia , encontra uma turma legal e participa das
atividades que consistem em ouvir sobre literatura, aprender sobre os
seus gêneros. No começo você fica meio calado, envergonhado, mas
depois...
Bem,
comigo foi assim. Um dia o professor Hélio perguntou se eu não
falava. Foi a pior asneira que fez na vida. Hoje ele pede pelo amor a
Deus que eu cale a boca.
Quando
eu era estudante do curso de letras , lia por obrigação. Hoje,
faço-o por devoção.
Na
vida, por força da profissão, procurava pela literatura pertinente
à ela; na indústria farmacêutica e fazendo propaganda médica, lia
sobre anatomia, fisiologia, farmacologia, técnicas de propaganda.
Agora,
leio o que gosto e lendo, vou tirando subsídios para compor os meus
textos, que segundo o poeta linguarudo Heitor Gomes, estão cada vez
piores.
Tanta
gente boa já passou por lá: Luana Leite, Talita Rutchelli, Heitor
Gomes, Ventura Picasso, Rita Lavoyer, o grande ator Laerte Silva,
Adriana Manarelli, Edi Carlos dos Santos, Joana Paro, Juarez
Firmino, a saudosa Mildred Paciti Rocha, Salete Marini, André
Bernardes. Tem gente que freqüentou, saiu e voltou , como a amiga
Hilda Dias de Oliveira.
E
quem recepciona e coordena os trabalhos da turma é a escritora
Manianice Paupitz Nucera.
Sempre
temos a presença de um acadêmico nas nossas reuniões, ensinando,
corrigindo desvios literários, nos ensinando nas análises de
textos, como fazê-los.
Aqui
uma citação especial e um muito obrigado à Cecília Vidigal
Ferreira, Marilurdes Campezzi, Cidinha Baracat, Helio Consolaro,
Yara Pedro e à Rita Lavoyer, que enquanto frequentou o grupo
desenvolvia dupla função: assistia e nos ensinava ao mesmo tempo.
Um abração, Rita.
Capa do livro |
O
professor Tito Damazo dá uma dinâmica nunca vista à academia. Não
perde uma só das nossas reuniões e sempre propondo atividades para
o grupo.
Levamos ao teatro Castro Alves um sarau com textos do poeta
Manuel Bandeira , que foi o maior sucesso de crítica, público e
bilheteria...bilheteria não. Foi gratuito. Agora mesmo estamos
organizando algo semelhante com o poeta Augusto dos Anjos. Quer
participar? Entra para o grupo que ainda dá tempo.
Compondo
a história das coletâneas que antecederam a de número onze, uma
sucessão de fatos e de pessoas que dignificaram a literatura
Araçatubense...E eu, por modesta que seja minha contribuição,
inserido no contexto.
Deo
Gratias !
*José Hamilton Costa Brito é advogado, escritor, membro do Grupo Experimental da Academia
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