AGENDA CULTURAL

22.12.14

Aécio Neves descarta impeachment e lança Alckmin a presidente 2018

"Não trabalho com essa hipótese. Estamos fazendo aquilo que na democracia é permitido: acionar a Justiça pedindo investigação", comenta senador tucano, em entrevista; questionado se pensa em ser candidato novamente, presidente do PSDB afirma: "Não mesmo. Talvez já tenha cumprido o meu papel"; e cita Geraldo Alckmin; "é um nome colocado e tem todas as condições"; lembrado que recebeu doações de empresa da Lava Jato, pediu para que não se confunda "doação legal com corrupção, com crime"; doações de empreiteiras à campanha da presidente, no entanto, também foram registradas legalmente pelo PT (22/12/2014)
247 – Presidente do PSDB, autor de ação que pediu a cassação da presidente Dilma Rousseff e a sua própria diplomação, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse em entrevista não ver elementos para pedir impeachment. "Não trabalho com essa hipótese. Estamos fazendo aquilo que na democracia é permitido: acionar a Justiça pedindo investigação. Pode ser até que se comprove que não houve nada, mas este é um direito inalienável".
Derrotado nas urnas em outubro, o tucano parece não se entusiasmar com a hipótese de nova disputa à presidência em 2018. Questionado se pretende ser candidato daqui quatro anos, negou. "Não mesmo. Talvez já tenha cumprido o meu papel. O candidato vai ser aquele que tiver as melhores condições de enfrentar o governo", disse.
"Meu papel é manter a oposição forte. O governador de São Paulo é um nome colocado e tem todas as condições. Outros nomes serão lembrados. Seria um erro antecipar este processo", acrescentou, citando o correligionário Geraldo Alckmin.
Em entrevista aos jornalistas Valdo Cruz e Daniela Lima, da Folha de S. Paulo, Aécio prometeu lutar contra novos impostos e definiu o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como "um corpo estranho nesse processo". "Ele será combatido até mais pela base do governo e dos setores que o sustentam do que pela oposição", avalia.
Aécio criticou as manifestações anti-Dilma que pedem o retorno do regime militar e diz que o PT tenta "misturar as coisas". "Fora da democracia, nada nos interessa", assegura. 
O parlamentar voltou a negar ter sido pressionado pela Odebrecht para esvaziar a CPMI da Petrobras, conforme indicaram anotações apreendidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato, e, sobre ter recebido doações das empreiteiras investigadas, pediu para que não se confundisse "doação legal com corrupção, com crime".

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