Em debate transmitido pelo site do ministério, Ivana Bentes
falou ainda da necessidade de ação participativa dos pontos de cultura
POR O GLOBO
24/02/2015
Ivana Bentes é secretária da Cidadania e da Diversidade
Cultural do MinC - Divulgação
RIO — Durante debate transmitido pelo site do Ministério da
Cultura (MinC), nesta terça-feira, a secretária da Cidadania e da Diversidade
Cultural do órgão Ivana Bentes destacou como dois dos principais pontos de sua
gestão a rearticulação da Lei Cultura Viva e a necessidade da ação
participativa dos pontos de cultura, cuja retomada dos editais foi colocada
como uma das prioridades de sua secretaria.
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Desde que assumiu, há dois meses, Ivana se comprometeu a
lutar pela implementação da Lei Cultura Viva, que pretende desburocratizar a
prestação de contas dos pontos de cultura e dos agentes culturais. No debate, a
ex-diretora da Escola de Comunicação da UFRJ esclareceu que tal lei foi pensada
para uma orientação nacional e está sendo regulada e implementada trazendo
instrumentos para se pensar as políticas públicas.
— Quando há muitos problemas com a lei, é preciso mudá-la.
Com a Lei Cultura Viva vai haver um cadastramento e um mapeamento de todos os
pontos de cultura. Será um embrião de uma rede social para que esses pontos
possam se ver, trabalhar juntos e discutir políticas públicas. Hoje são
mapeados cerca de três ou quatro mil pontos de cultura, mas há uma política que
prevê o mapeamento de 15 mil.
Por conta do orçamento baixo, cerca de R$ 60 milhões para
2014, Ivana destacou a necessidade de se articular e mobilizar ("A ideia é
procurar outros ministérios que se correlacionam com a Cultura, como a
Educação, a Saúde e Comunicações, e buscar recursos nesses ministérios que
entendemos como parceiros") para atender a demandas proritárias. Uma delas
é a retomada de editais do ponto de cultura. Neste âmbito, a secretária
prometeu dar maior atenção aos pontos de cultura indígena, que segundo ela
seria "uma retratação do MinC com a comunidade", além do edital
ligado a cultura de redes.
— Quando se tem pouco recurso, a articulação em rede é
estratégica porque serve para qualquer grupo cultural. Isso induz os mais
experientes grupos de setores a se articularem. Estamos apostando nisso como
uma estratégia para baratear custos também. Nós não temos a solução mágica na
manga, estamos buscando ativamente essas configurações.
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