AGENDA CULTURAL

27.2.15

Secretária do MinC promete desburocratizar Lei Cultura Viva

Em debate transmitido pelo site do ministério, Ivana Bentes falou ainda da necessidade de ação participativa dos pontos de cultura

POR O GLOBO
24/02/2015 


Ivana Bentes é secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC - Divulgação

RIO — Durante debate transmitido pelo site do Ministério da Cultura (MinC), nesta terça-feira, a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do órgão Ivana Bentes destacou como dois dos principais pontos de sua gestão a rearticulação da Lei Cultura Viva e a necessidade da ação participativa dos pontos de cultura, cuja retomada dos editais foi colocada como uma das prioridades de sua secretaria.

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Desde que assumiu, há dois meses, Ivana se comprometeu a lutar pela implementação da Lei Cultura Viva, que pretende desburocratizar a prestação de contas dos pontos de cultura e dos agentes culturais. No debate, a ex-diretora da Escola de Comunicação da UFRJ esclareceu que tal lei foi pensada para uma orientação nacional e está sendo regulada e implementada trazendo instrumentos para se pensar as políticas públicas.

— Quando há muitos problemas com a lei, é preciso mudá-la. Com a Lei Cultura Viva vai haver um cadastramento e um mapeamento de todos os pontos de cultura. Será um embrião de uma rede social para que esses pontos possam se ver, trabalhar juntos e discutir políticas públicas. Hoje são mapeados cerca de três ou quatro mil pontos de cultura, mas há uma política que prevê o mapeamento de 15 mil.

Por conta do orçamento baixo, cerca de R$ 60 milhões para 2014, Ivana destacou a necessidade de se articular e mobilizar ("A ideia é procurar outros ministérios que se correlacionam com a Cultura, como a Educação, a Saúde e Comunicações, e buscar recursos nesses ministérios que entendemos como parceiros") para atender a demandas proritárias. Uma delas é a retomada de editais do ponto de cultura. Neste âmbito, a secretária prometeu dar maior atenção aos pontos de cultura indígena, que segundo ela seria "uma retratação do MinC com a comunidade", além do edital ligado a cultura de redes.

— Quando se tem pouco recurso, a articulação em rede é estratégica porque serve para qualquer grupo cultural. Isso induz os mais experientes grupos de setores a se articularem. Estamos apostando nisso como uma estratégia para baratear custos também. Nós não temos a solução mágica na manga, estamos buscando ativamente essas configurações.

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