AGENDA CULTURAL

10.11.15

Prédio da antiga cadeia pública de Araçatuba está sem destino


JORNAL O LIBERAL - ARAÇATUBA, 10/10/2015

O governador Geraldo Alckmin assinou decreto revogando autorização para que a Prefeitura de Araçatuba utilizasse o prédio onde funcionou a antiga cadeia pública, na Rua General Glicério, para abrigar projetos municipais. O uso do imóvel foi cedido ao município em 2009, que primeiro chegou a anunciar a intenção de implantar no espaço uma segunda incubadora de empresas, e depois mais tarde, um Centro de Referência à Mulher. No entanto, nenhum dos dois projetos foi adiante e o local continua abandonado e ocioso desde 2000, ano que a cadeia foi desativada.

O decreto foi assinado dia 5 deste mês. O texto menciona somente a revogação do documento assinado em julho de 2009, que permitia o uso do prédio pelo poder público municipal por tempo indeterminado. O pedido ao governador partiu da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), que é a dona do prédio.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da SAP, que por nota, informou que o decreto foi revogado devido a permissionária (prefeitura) deixar de cumprir as cláusulas do termo de permissão de uso, que envolviam a obrigação de zelar pela pela limpeza, conservação e guarda do imóvel.

Não consta na nota se o Estado tem alguma proposta concreta para destinação do espaço. Diz apenas que imóvel está sob responsabilidade do Conselho do Patrimônio Histórico do Estado, que o submeterá ao interesse de uso de algum órgão da administração direta ou indireta. Nenhuma data foi informada.

Em 2010 a Prefeitura de Araçatuba já tinha manifestado formalmente o desejo de desistir do uso do imóvel. Em ofício enviado pelo prefeito Cido Sério ao governador, na época Alberto Goldman, o município fundamentou tal decisão no fato de o prédio não oferecer condições estruturais para a sua utilização e que era inviável por parte da prefeitura realizar os investimentos necessários com a reforma em um imóvel que não faz parte de seu patrimônio.


No mesmo documento enviado ao governador, a prefeitura solicitou que o imóvel fosse doado ao município e não cedido em caráter precário, o que abriria caminho para eventual projeto de demolição da estrutura visando a construção de um outro prédio. Entretanto, até que a revogação fosse assinada a prefeitura era a responsável pela conservação do local. O jornal também enviou pedido à assessoria de comunicação da prefeitura para falar sobre a decisão do governo, porém nenhuma resposta foi enviada.

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