AGENDA CULTURAL

23.12.15

Incêndio destrói Museu da Língua Portuguesa

Museu foi inaugurado em 2006 e já foi visitado por mais de 1,6 milhão de pessoas; um bombeiro civil morreu. 

Museu funcionava sem alvará e sem o auto de vistoria dos bombeiros. Incêndio desta segunda-feira (21/12/2015) pode ter sido causado por curto-circuito.

Museu, durante o incêndio 

Um incêndio de grandes proporções atingiu ontem à tarde e o Museu da Língua Portuguesa, na região central de São Paulo, O Corpo de Bombeiros informou que 17 viaturas e 80 homens foram deslocados para combater as chamas. O museu foi inaugurado em 2006, no prédio da Estação da Luz. Devido ao incêndio, foram interrompidos os percursos do Metrô e dos trens da CPTM. Um bombeiro civil que atuava no local, morreu em decorrência de queimaduras e asfixia.

O coronel Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, disse que o incêndio começou no primeiro andar e em seguida tingiu os andares superiores. "As chamas se propagaram de forma muito rápida. Tivemos a notícia que o incêndio começou e se propagou rapidamente até pela estrutura de madeira, material plástico e borracha que compõem o museu. Isso faz com que o fogo se propague rapidamente", disse Palumbo.



Não foram divulgadas informações sobre as causas do incêndio. O museu não funciona às segundas-feiras para visita do público.

Inaugurado oficialmente no dia 20 de março, o Museu da Língua Portuguesa abriu suas portas ao público no dia 21 de março de 2006. Em seus três primeiros anos de funcionamento mais de 1,6 milhão de pessoas já visitaram o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul.

Isa Ferraz, curadora do Museu da Língua Portuguesa, diz que o incêndio é "uma tragédia". "O museu é fruto de um trabalho de muitos anos de uma equipe multidisciplinar para criar algo completamente novo. O museu mudou paradigmas e virou referência internacional. Foi revolucionário não só pela tecnologia e formato mas pela maneira de encarar a língua portuguesa. Temos todos os arquivos de todo o conteúdo."


A curadora disse que o museu em uma linha do tempo de 33 metros que reconstitui todo o caminho da língua portuguesa, africana e ameríndia até se encontrar no Brasil. "Tudo isso pode ser recuperado. vai ter de remontar os filmes. Temos muita coisa em back up", disse.

Crônica de Hélio Consolaro sobre excursão ao Museu de Língua Portuguesa:

Bate-volta cultural - 22/08/2006

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