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Vista do Calçadão no local do Varal Literário |
Hélio Consolaro*
No sábado, 12 de março de 2016, o Calçadão de Araçatuba estava agitadíssimo culturalmente falando. Espero que agregamos valores ao movimento comercial do dia.
No sábado, 12 de março de 2016, o Calçadão de Araçatuba estava agitadíssimo culturalmente falando. Espero que agregamos valores ao movimento comercial do dia.
Feira do livro no Calçadão da Princesa Isabel, de 07 a
29/03, uma promoção do “Aprenda a Ler Mais”, com apoio da ALCA – Associação dos
Lojistas do Calçadão de Araçatuba, com uma contrapartida de doação de 250
livros para o acervo da biblioteca municipal Rubens do Amaral.
No segundo quarteirão do Calçadão da Marechal, apresentação
de capoeira, onde as pessoas se juntavam
para ver o jogo de pernas. Além disso, bailarinas vestidas como tal circulavam
pelo calçadão como borboletas.
No primeiro quarteirão do Calçadão da Marechal, os
escritores fizeram um movimento medonho defronte da Livraria dos Amigos (a
convite de Luciana Takahashi), com muitos poemas declamados e músicas cantadas,
uma forma de comemorar antecipadamente o Dia Nacional da Poesia (14/3). Era uma
promoção da Secretaria Municipal de Cultura de Araçatuba com apoio das
entidades.
Escritores da Academia Araçatubense de Letras, Grupo
Experimental, União Brasileira de Escritores andavam entre os transeuntes do
Calçadão, inclusive o PA Lopes, de Guararapes.
Hélio Consolaro (secretario municipal de Cultural e
escritor, AAL), Tito Damazo (presidente da AAL), Cidinha Baracat, Marilurdes
Martins, Emília Goulart, Arnon Gomes, Antenor Rosalino, José Hamilton Brito,
Maria José da Silva, Hosanah Spíndola, Amarildo Brilhante, Vicente Marcolino,
Manuela Trujilo, Luís Alberto, Ilda Faria, Pedro César Alves, José Valentim.
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Esta foto revela o velho e o novo. Sonetista Vicente Marcolino lê um de seus sonetos, enquanto os jovens poetas Igor Cassemiro e Natan Duarte fotografam e observam |
De repente, não mais que de repente, gritos femininos surgem
do meio da multidão. Uma mulher com vestimentas exóticas que vou chamá-la
provisoriamente de Maria Doida despeja a sua loucura sem cerca e pudor, a mesma
que os poetas disfarçam com falsa seriedade, contendo-a com ritmos, rimas e
versos. Maria Doida põe a poesia “in natura” para andar pelo Calçadão.
Para completar todo o barulho, para nos mostrar que a
humanidade pouco mudou, o rapa expulsou o vendedor de goiaba, a sua carriola e
as frutas do Calçadão, na passagem da rua Duque de Caxias. Como no tempo de
Jesus, os cobradores de impostos foram escorraçados pelo povo.
Araçatuba estava com jeito de metrópole.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP
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