AGENDA CULTURAL

18.5.16

Maria Gadú no palco principal da Virada Cultural de Araçatuba


Sábado, 21/05/2016, 23h50, em Araçatuba - no palco principal da avenida dos Araçás - gratuito 

Considerada uma das grandes revelações da MPB, Gadú lançou seu primeiro álbum em 2009. Entre os anos de 2010 e 2013, a artista gravou CD e DVD  Ao vivo, fez parceria com o cantor Caetano Veloso, gravou seu segundo álbum Mais uma página e lançou um disco de duetos intitulado "Nós".  Une musicalidade e lirismo e canta com letras mais intimistas. No show, além do novo repertório, o público confere uma compilação dos maiores sucessos da artista. 


Maria Gadú sempre foi precoce. Paulistana da Vila Mariana criada por uma mãe atenta e dedicada ao talento da filha, preferia a companhia dos adultos da casa – e da música, que lá se ouvia, fique bem claro - a das outras crianças. 

Se esse traço da personalidade chegava a ser uma preocupação para a sua mãe, D Neusa, à futura cantora Maria Gadú fez bem. Ao fazer de tudo para aproximar os pequenos amigos da filha, enchendo a casa de atrações em tinta, discos e brinquedos, D.Neusa propiciou o ambiente onde Gadú, sem saber, iniciaria a sua formação artística em laboratório aconchegante e particular. 

Na companhia da mãe e da avó, Maria conhecia o repertório de cantores e cantoras que a influenciariam: Carmem Miranda, Dolores Duran, Adoniran Barbosa, Maria Bethânia, Caetano, Chico Buarque, Gal Costa.

Dona Neusa, ainda grávida, já “namorava” uma escola de música para a filha estudar quando crescesse.... A Escola Municipal de Educação Artística da prefeitura de São Paulo ajudou mesmo a Gadú, ainda na infância, a dar os primeiros passos. Mais tarde, Gadú não conseguiria de adequar a nenhum método formal de música. 

Contraditoriamente, Gadú estudaria sua própria voz e criaria suas próprias técnicas, através de livros de métodos vocais de jazz e soul, sozinha, em frente ao espelho. Autodidata também para instrumentos, aprendeu a tocar piano e violão.


Aos 4 anos ela não titubeou quando viu um músico, em um shopping, largar o piano e descansar para o intervalo. 

Sentou-se no banquinho como se tivesse chegado sua vez e tocou um trecho de Chopin. Estupefata, a platéia da praça de alimentação perguntou a ela o que era aquilo. Maria respondeu: “a música do gás”. Já aos 8, tocava piano e violão e chamava a prima para a fazer a segunda voz nas canções que queria gravar. 

A outra criança não entendia o que fazer e seguia a voz de Maria, que chorava de raiva, dizendo: “Não me imite, canta diferente.!”. Com 12 anos, na paradisíaca Ilha Grande compôs “Shimbalaiê”, MPB de levada afro, uma das músicas mais populares de seus shows, que carrega o verso: “quando mentir, for preciso, poder falar a verdade” . 

Após a adolescência e a longa passagem pela formação da escola que é tocar em barzinhos, resolveu ir para a Europa com um amigo percussionista para se apresentar em festivais de música independente. Após passagem, de agosto a outubro, pela Itália e Irlanda tocando em festivais, casas e shows e até na rua, Maria Gadú retornou ao Brasil para festas de fim de ano, com o objetivo de rever a família e rapidamente se organizar para voltar a Europa. Resolveu passar a virada do ano no Rio, para rever alguns amigos, e daqui não saiu mais, fazendo shows e desenvolvendo a carreira na cidade.

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