AGENDA CULTURAL

14.6.16

Sarjetão com grelha para Araçatuba


Hélio Consolaro, pré-candidato a prefeito de Araçatuba, 2016*

Araçatuba é uma cidade plana. No começo de sua construção, os pioneiros do calçamento de suas ruas (asfalto) ignoraram em alguns pontos a necessidade de implantar galerias de condução das águas pluviais e outras vezes por negligência de seus administradores. Assim, boa parte de suas águas em época de chuva correm na superfície de seu calçamento (asfalto). Isso, além de estragar com mais rapidez o seu asfalto, obriga a administração municipal a construir em certas esquinas calçadões profundos para escorrimento das águas pluviais que perturbam o fluxo de veículos, sendo mais obstáculos do que as lombofaixas, cuja travessia exige quase a paralisação do veículo.    

Assim o veículo pode bater a sua frente numa das laterais do sarjetão, causando estragos ou, então, viaturas policiais ou de bombeiros, ou mesmo ambulância, encontram obstáculos para a sua alta velocidade num atendimento urgente. Nem todos os cruzamentos que precisam de sarjetão vão ter a grelha, apenas aqueles que possuem grande profundidade.   

As grelhas devem ter sua estrutura variada, conforme o tipo de veículo que transita por determinada rua. Onde o trânsito de caminhões é intenso, precisam ser reforçadas.   



DEFINIÇÃO TÉCNICA: para definir melhor, os sarjetões, no geral, são canais de seção triangular longitudinais executados geralmente nas cotas mais baixas das vias públicas e nos encontros dos leitos viários; são construídos de modo a coletar e conduzir as águas superficiais até elementos de drenagem, como bocas de lobo, além de conectar sarjetas ou encaminhar efluentes para o sistema de águas pluviais. Se sua execução não for realizada com eficiência - ou se for dispensada, as águas podem ficar mais tempo na superfície, causando erosão na terra ou mesmo pontos de alagamento. Por isso, o projeto de um sarjetão não se limita a uma boa estrutura. Também é fundamental que o elemento tenha capacidade hidráulica e de tráfego adequadas para aquele.

Esta melhoria vai custar dinheiro? Sim, mas administrar uma cidade é uma questão de elencar prioridades. Precisamos tirar o amargo do pagamento dos impostos municipais, fazendo benfeitorias para melhorar o cotidiano do cidadão. 

PS. Este artigo foi elaborado após pesquisa e algumas conversas com engenheiro com experiência em urbanismo.

*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Vereador de 1983-88, secretário municipal de 2009-2016.  

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