AGENDA CULTURAL

31.10.16

Espetáculo teatral é interrompido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo


30/10/2016 - em Santos, dez viaturas da PMESP interromperam a apresentação do espetáculo "Blitz – O império que nunca dorme" da trupe "Olho da Rua", que é de Santos, com auxílio da Guarda Municipal.

Apreenderam celulares de pessoas que filmavam a operação, algemaram o ator Caio Martinez Pacheco brutalmente e o levaram na viatura para delegacia. Bem no estilo de um país em que a liberdade de expressão está ameaçada com a nova realidade política.

No dia 16/7/2016, num domingo à tarde, na praça Getúlio Vargas, a mesma peça teatral, com a mesma trupe foi apresentada pelo Sesc e este cronista assistiu ao espetáculo. O comando da PM de Araçatuba é mais inteligente, ignorou, não deu repercussão.

ESPETÁCULO FOI APRESENTADO EM ARAÇATUBA


Leia o que escrevi no Facebook a respeito do espetáculo no dia 17/07/2016 à noite:


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“Acabei de assistir ao espetáculo teatral "Blitz, o império que nunca dorme" com a trupe santista "Olho da rua", hoje, 17/07/2016, 18h, na praça Getúlio Vargas. Promoção do Sesc. Teatro ao ar livre. Uma crítica às ações da Polícia Militar do Estado de São Paulo numa linguagem que incomodou parte da plateia que abandonou o local. De certa forma, apresentou o contraditório que é a visão da PM sobre ela mesma. Cabe à arte sempre questionar.” 

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.866098756856499.1073741926.100003691472057&type=3

SINOPSE DA PEÇA (SESC):
Seguindo a ordem e o progresso nacional, nada mais (in)conveniente que passar por uma BLITZ (do alemão blitzkrieg, “guerra-relâmpago”, ou ataque repentino), ou ter seus direitos violados pelo Estado. A opressão que o brasileiro vive hoje nas ruas, seja em meio a manifestações ou indo comprar pão na esquina  é levada de forma satírica e mordaz pelo grupo, seja suscitando a discussão sobre a desmilitarização da polícia e o exacerbado militarismo como resquício do período ditatorial ou como diria Brecht "um grande divertimento quanto aos tempos de barbárie." 

REPORTAGEM SOBRE A POSIÇÃO DO GOVERNADOR SOBRE O FATO

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