AGENDA CULTURAL

10.9.17

Mal de Whatsapp não é Alzheimer


Hélio Consolaro*

Antigamente, quando novela era coisa de mulher, macho que era macho não ouvia essas coisas, as mulheres ficavam com as orelhas pregadas no rádio e descuidavam das panelas, assim queimava o arroz, o feijão e a abobrinha. Era comum os homens ficarem sem o almoço.

Depois veio a televisão. Como o aparelho se instalou na sala e as novelas passam à noite, não houve essa ligação do descuido doméstico com a audiência de novelas.
Parava-se para ouvir novelas no rádio
Eis que surge o celular e com ele o WhatsApp. Assim o problema ressurgiu, voltamos à época do rádio, pois fofocar é a utilidade maior do novo aplicativo. E por ele, o Ricardão ataca também.
  
Na minha casa, já comprei várias panela, até aprender que a soda limpa tudo. Na última vez, o esquecimento foi tão longo que torrou tudo, não atingiu o fogão. A Helena já uma sessentona, mas ainda não é o Alzheimer, é o mal do Whatsapp.

*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras 

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