Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Servidor público é aquele que deve servir ao povo, ele é pago para atender bem o cidadão. Infelizmente, nem sempre é assim, mas não generalizemos.
A diferença entre o empregado do setor privado e do público é a estabilidade, pois a garantia de emprego do funcionário não pode ficar à mercê de cada troca de governantes. O poder público (prefeitura, estado e federação) precisa ter o seu núcleo duro para que não se desfigure a cada eleição. Assim, a democracia funciona.
Os cargos de confiança podem ser tirados dentre os funcionários de carreira ou de profissionais de fora ou de agentes políticos (aqueles que são de confiança dos atuais governantes).
Há servidores públicos que ganham bem, os maiores salários estão no Legislativo e no Judiciário. A grande maioria dos funcionários do Executivo ganha uma merreca, principalmente se suas funções estiverem na Educação, Saúde, Assistência Social, Esportes e Cultura.
Quando o setor privado para, o país perde, pois não há produção; quando o setor público para, os cofres economizam, mas a população se dana. Hoje mesmo, Dia do Funcionário Público, não há escolas e nem UBS funcionando.
O neoliberalismo não gosta de funcionários públicos, porque são a favor do estado mínimo, acha que eles são bichos folgados. Assim, para os neoliberais, as empresas podem fazer quase tudo, daí a tendência de terceirizar os serviços públicos. Se facilitar, teremos em breve escolas particulares ganhando para administrar escolas públicas por meio de licitação.
Meus irmãos e eu, somos todos funcionários públicos, porque para ser isso, precisava prestar concurso público e nós vimos na educação pública uma maneira de encontrar a ascensão social. Pobre que estuda vence na vida. Há as exceções.
Lá em casa, não somos pelo estado mínimo e nem pela estatização generalizada. Queremos que todos tenham oportunidades.
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