AGENDA CULTURAL

7.12.19

Estátua da Liberdade: francesa e maçônica

A Estátua da Liberdade doada pela França, fica em uma pequenina ilha na baía de Nova York

Estátua da Liberdade me remete à França e seu povo, especialmente, aos princípios da Revolução Francesa. Houve uma arrecadação na população francesa para se construir este monumento colossal em 1875. O presente foi dado aos EUA pela sua independência, uma iniciativa de Napoleão III e por ideia do historiador Edouard de Laboulaye. O rei caiu, mas o povo francês continuou a construir a estátua, cujo criador foi o escultor Fréderic Auguste Bartholdi e construída por Gustave Eiffel, o mesmo da famosa torre parisiense.

COMO
Escolhida a pequena ilha na baía de Nova York, teve-se início sua construção em cobre, provavelmente advindo da Noruega. Inicialmente era dourada, mas a “oxidação” ou “patinação”, a fez gradativamente ficar esverdeada-azulada, pois se deposita sais de cobre na superfície. Se polida, provavelmente ela voltaria a ser dourada!

Montada em solo francês, ela ficou pronta em 1884. Desmontada, foi enviada para os Estados Unidos em navios. A construção do pedestal do monumento ficou a cargo dos estadunidenses. Em 28 de outubro de 1886, milhares de pessoas acompanharam a inauguração que até 1902, funcionou como um farol para os navios que passavam e chegavam na região, sendo o primeiro farol do mundo a usar energia elétrica, no lugar do que seria uma tocha de fogo verdadeiro.

MAÇONARIA
Como Bartholdi era maçom, a estátua da liberdade tem vários símbolos maçônicos como a tocha, o livro na mão esquerda e o diadema de sete espigões em torno da cabeça, bem como a evidente inspiração ligada à deusa Sophia, que compõe o monumento como um todo. Foi ­“Sophia” ou “Sabedoria” que inspirou os princípios da revolução francesa.

Na Estátua da Liberdade já se fizeram muitas reformas, a maior delas em 1986, quando sua coroa foi substituída. A velha foi incorporada ao saguão para que visitantes possam admirá-la. Ela mede 46,5 metros, mas com o pedestal construído para suportá-la, perfaz uma altura de 92,99 metros. Esta obra francesa, quase foi escolhida como uma das sete maravilhas do mundo contemporâneo. Para se chegar à tocha, deve-se galgar 389 degraus.

INTRIGANTE
O povo francês realmente é diferenciado em seus símbolos e intelectualidade. Em 1984, a Estátua da Liberdade foi designada Património Mundial da Unesco considerando-a "obra-prima do espírito humano, um símbolo que inspira contemplação, debate e protestos de ideais como liberdade, paz, direitos humanos, abolição da escravidão e democracia".

Para arrecadar fundos para construir o pedestal da estátua, foi solicitado à poetisa Emma Lazarus, em 1883, um soneto em placa de bronze que foi leiloada. O soneto “The New Colossus” na base da estátua, diz: “Venham a mim as multidões exaustas, pobres e confusas, ansiosas pela liberdade. Venham a mim os desabrigados e os que estão sob a tempestade. Eu os guiarei com a minha tocha.”
A história é sábia!
  
Alberto Consolaro – Professor Titular da USP -FOB, em Bauru-SP - consolaro@uol.com.br

Observatório

COMIDA 1 – Uma revisão em 343 trabalhos científicos sobre nutrição entre 2009-19 revelou que a maioria das pesquisas com dieta são mal feitos, envolvem poucas pessoas, tem curta duração e não controlam a adesão dos participantes aos cardápios. O artigo foi publicado no “Journal of American Medical Association” e os autores são da Medicina de Harvard e do Centro Biomédico de Pennington.

COMIDA 2 – Os mesmos autores publicaram artigo no jornal “The New York Times” para a população em geral intitulado “Por que é tão difícil descobrir o que comer”. Eles ficaram impressionados que mesmo nos melhores periódicos, os trabalhos sobre dieta falharam nas medidas mais básicas de controle de qualidade. A falta de estratégias de prevenção da obesidade é porque os ensaios clínicos são mal planejados.


Pesquisas com dieta são malfeitas, com poucas pessoas, tem curta duração e não controlam a adesão aos cardápios, concluiu a revisão de todos artigos no JAMA. Os autores escreveram ainda no “The NY Times” “Por que é tão difícil descobrir o que comer” e afirmaram: há falta de estratégias na prevenção da obesidade porque os ensaios clínicos são mal planejados. A ciência não consegue responder: 1. Deve-se reduzir carboidratos ou gordura? 2. Carne vermelha é prejudicial? 3. Açúcar é tóxico? 4. Adoçantes fazem mal? Incrível!


HOMEOPATIA SEM DINHEIRO PÚBLICO!


Serviços e remédios homeopáticos no Reino Unido e Austrália não podem ser pagos no sistema público de saúde, pois não têm evidências cientificas, como conseguiu a campanha 1023 liderada por Loretta Marron. O Instituto Questão de Ciência quer o mesmo no Brasil.

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