Papilomas no palato, lateral da língua e no freio lingual: lesões comuns! |
É comum a lesão na língua ou palato como uma crista de galo,
branca ou rosada, com até 1cm de tamanho. O papiloma bucal é indolor e ao tocar
a língua ou palato, os pacientes relatam um prurido como cócegas no local. A
partir de um ponto branco, cresce lentamente em homens e mulheres de todas as
idades. Uma vez removido, microscopicamente confirma-se o diagnóstico de
papiloma bucal e o paciente deve ser informado que foi induzido por um subtipo
de HPV, dentre os mais de 200 existentes.
A forma mais comum e prevalente de transmissão HPV, ou “Human papillomavirus”, são as relações
sexuais, especialmente no sexo oral. Os micro-traumatismos nas mucosas abrem
caminho para o vírus se introduzirem e incorporarem nos genomas das células
epiteliais em proliferação. A partir de agora, essas células viverão em função
de multiplicar bilhões de vírus a cada minuto e proliferarão mais do que o
normal, formando projeções papilomatosas que crescem silenciosamente.
CONTÁGIO
O papiloma é uma neoplasia benigna, pois não invade a região
vizinha, não mata células normais e nem dá metástases. Não cresce rápida e nem
exageradamente, apenas incomodam e representa uma doença infecciosa, significando
que existe HPV naquela boca! Sim, o papiloma bucal é uma DST ou doença
sexualmente transmitida.
Ao informar estes detalhes ao paciente, várias hipóteses
podem ser levantadas como transmissão pelo beijo comum, contato com mãos
contaminadas, objetos como xícaras e muitas outras formas. A possibilidade
existe, mas é mínima ou quase impossível. A transmissão do HPV também se faz
nas carícias manuais e bucais, mesmo que não se complete a relação sexual,
incluindo-se nas pessoas virgens.
ORIENTAÇÕES
Informações que devem ser repassadas ao paciente: 1.
Necessidade de examinar outras mucosas como genital e anal, incluindo a pele,
2. Informar aos parceiros a ocorrência da lesão e a possibilidade de
contaminação ter ocorrido nas duas vias de possibilidades. Praticamente não
existe outra causa para o papiloma bucal que não seja o HPV. Exames de
laboratório podem identificar o subtipo viral, mas não como o mesmo foi
transmitido.
Perguntas importantes: 1. Papiloma bucal vira câncer? Não.
Mas, alguns subtipos de HPV tem relação direta com o câncer e pode participar
da sua origem, mas não a partir do papiloma. 2. Todas pessoas com HPV terão
papilomas? Não, a grande maioria que tem HPV, não tem papiloma. 3. Como saber
se alguém tem HPV na boca? Não tem jeito, ele circula livremente pelo mundo e
provoca algumas lesões, mas a maioria das pessoas não tem alterações visíveis!
REFLEXÃO FINAL
Como prevenir-se do contágio? Ter alto grau de seletividade
e evitar a promiscuidade que, para especialistas, corresponde a ter mais do que
dois parceiros sexuais por ano, incluindo o sexo oral. Se você for
pré-adolescente, vale a pena vacinar-se!
Alberto Consolaro –
Professor Titular da USP -FOB - Bauru-SP
Observatório
INCRÍVEL 2 – Em
Bauru a vacinação anti-HPV não atinge 10% da cobertura que deveria ser de 80%.
É inacreditável, pois vacinando os meninos e meninas entre 9 e 13 anos, se está
prevenindo que os filhos sejam vítimas de vários tipos de cânceres como o de
útero, orofaringe, bucal, peniano e anal. Apenas três coisas explicam os dados:
ignorância, preconceito e tabu. Falta esclarecimento e o poder público deveria
conscientizar as pessoas!
INCRÍVEL 2 – As
vacinas são feitas no laboratório
com informações genéticas do vírus HPV colocadas em fungos que produzem
partículas semelhantes ao vírus. Não tem chance de se contaminar com a própria
vacina obtida artificialmente. Inoculada no paciente, em três doses, a vacina
induz a produção de anticorpos que são proteínas que farão o sistema
imunológico destruir os vírus impedindo que entrem nas células e produzam
câncer!
PARA FUNCIONAR O
ÁLCOOL-GEL!
Para o álcool-gel funcionar precisa-se de mãos limpas e
secas. Nos dedos que passaram ou coçaram o nariz com secreção, o muco cria
películas invisíveis que escondem os vírus da gripe e o gel passa a ter efeito
tardio ou nenhum, em pesquisa na Universidade de Kyoto. Que pena!
Um comentário:
Obrigado por compartilhar o conhecimento!
Postar um comentário