Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Não queria escrever sobre o coronavírus, já não aguento mais ouvir, escutar, ler sobre o infeliz, mas não consigo. Todos os meus compromissos foram cancelados, não há nem futebol na tevê, não sei se vamos sobreviver. "Um exílio em suas casas, um exílio do contato social."
Já li que há uma guerra biológica entre a China e os Estados Unidos cujo exército soltou o vírus criado em laboratório lá na China. E os efeitos sobraram para o mundo todo.
Outros escrevem que a manipulação veio da China, pois querem ultrapassar os Estados Unidos como primeiro país do mundo. E nós, pobres mortais, ficamos obedecendo as ordens a título de prevenção. Teoria da conspiração?
Será que cerimônias de casamentos foram adiadas? Defuntos ficaram sozinhos nas funerárias? Já sei que missas foram canceladas por força judicial. Quem trabalha com as relações das pessoas, como o Rotary, por exemplo, está desesperado. "Descobrimos um mundo vulnerável e dependente."
As mães, com filhos dispensados das creches e escolas, andam engaiolando seus filhos, pois não conseguem segurá-los em casa.
Os artistas estão em crise, pois os shows foram todos cancelados. Quem vive de vendas no entorno das arenas esportivas perdeu a renda com a suspensão dos campeonatos. "Na Itália e na Espanha, vizinhos saíram às suas sacadas para cantar juntos. Um sentimento de uma comunidade real surgido às sombras do mundo virtual?"
Estão dizendo que o coronavírus é doença da grã-finagem e seus criados estão pegando a doença dos patrões. Coronovírus é o suvenir que eles estão trazendo para seus empregados.
Tal afirmação tem fundamento, porque o mundo não para por causa do ebola, da dengue, zica, chicungunha que matam muito mais, pois são doenças de países emergentes (para usar um pleonasmo de pobre).
"Para uma classe privilegiada do mundo, nunca foi tão fácil vencer uma pandemia. Fechados, temos as janelas abertas ao mundo graças às dezenas de conexões e possibilidades tecnológicas."
Tomara que a solidariedade seja mais contagiosa que o coronavírus.
As expressões entre aspas são de Jamil Chade no artigo: A crise que definirá nossa geração
Sugestão de leitura: livro "A peste", de Alberto Camus
Não queria escrever sobre o coronavírus, já não aguento mais ouvir, escutar, ler sobre o infeliz, mas não consigo. Todos os meus compromissos foram cancelados, não há nem futebol na tevê, não sei se vamos sobreviver. "Um exílio em suas casas, um exílio do contato social."
Já li que há uma guerra biológica entre a China e os Estados Unidos cujo exército soltou o vírus criado em laboratório lá na China. E os efeitos sobraram para o mundo todo.
Outros escrevem que a manipulação veio da China, pois querem ultrapassar os Estados Unidos como primeiro país do mundo. E nós, pobres mortais, ficamos obedecendo as ordens a título de prevenção. Teoria da conspiração?
Será que cerimônias de casamentos foram adiadas? Defuntos ficaram sozinhos nas funerárias? Já sei que missas foram canceladas por força judicial. Quem trabalha com as relações das pessoas, como o Rotary, por exemplo, está desesperado. "Descobrimos um mundo vulnerável e dependente."
As mães, com filhos dispensados das creches e escolas, andam engaiolando seus filhos, pois não conseguem segurá-los em casa.
Os artistas estão em crise, pois os shows foram todos cancelados. Quem vive de vendas no entorno das arenas esportivas perdeu a renda com a suspensão dos campeonatos. "Na Itália e na Espanha, vizinhos saíram às suas sacadas para cantar juntos. Um sentimento de uma comunidade real surgido às sombras do mundo virtual?"
Estão dizendo que o coronavírus é doença da grã-finagem e seus criados estão pegando a doença dos patrões. Coronovírus é o suvenir que eles estão trazendo para seus empregados.
Tal afirmação tem fundamento, porque o mundo não para por causa do ebola, da dengue, zica, chicungunha que matam muito mais, pois são doenças de países emergentes (para usar um pleonasmo de pobre).
"Para uma classe privilegiada do mundo, nunca foi tão fácil vencer uma pandemia. Fechados, temos as janelas abertas ao mundo graças às dezenas de conexões e possibilidades tecnológicas."
Tomara que a solidariedade seja mais contagiosa que o coronavírus.
As expressões entre aspas são de Jamil Chade no artigo: A crise que definirá nossa geração
Sugestão de leitura: livro "A peste", de Alberto Camus
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