Refleti muito para que pudesse compreender aquelas pessoas que estão sem máscaras nos mais variados ambientes e conclui com 10 repostas para esta pergunta: Qual a razão para alguém não usar máscara neste momento?
1. Falta de dinheiro para ter 10 máscaras, afinal nem todos têm esta possibilidade e uma máscara só não resolveria o problema. Usar máscaras tem custos e muitas pessoas não têm condições de pagar e muitas empresas não custeiam isto para seus funcionários por questão de custo e nem para seus clientes e fornecedores.
2. Sensação de sufocamento, pois não estava acostumado com este acessório. A necessidade evidente e a exigência legal levariam qualquer um a se acostumar e esta sensação passaria com o uso prolongado. As evidências demonstram que este sufocamento é psicológico, mas para a pessoa é muito real, requer um sobre esforço e ajuda para superar. Nem todos pedem ajuda para isto e preferem alegar outra razão.
3. Ignorância, pois há pessoas que seguem ao pé da risca o que o pai da ciência preconizou há séculos. O pai da ciência é São Tomé que afirmou que acreditava apenas no que via ou palpava. Essas pessoas não estudaram sobre o assunto e não têm ideia do que é um vírus que de tão pequeno não podemos enxergá-los. Como não conseguem ver e nunca viram um vírus, acham que isto é exagero ou invenção de empresários e chineses para dominar o mundo.
4. Fé e muitas pessoas têm tanta fé que acreditam piamente que é protegido pelo Cristo, filho de Deus. Afirmam não precisar de máscara, pois quem as protege de pegar a doença Covid-19 é a mão de Deus. É claro que muitos líderes religiosos afirmam isso em suas reuniões e ritos, até para poupar gastos para aquela família que frequenta sua igreja e que o dinheiro seja usado para outros fins.
5. Estética, um fator que realmente não fala a favor das máscaras. São muito feias, estragam a maquiagem, escondem o batom e os dentes. Por outro lado, barra o hálito! Namorar, as máscaras realmente atrapalham a azaração!
6. Dificuldade em comer e beber. Para aqueles que adoram mastigar algo ou beber com muita frequência, as máscaras requerem mudanças de hábito e mudar é difícil para muitas pessoas. É só imaginar cinema sem pipoca!
7. Autoestima baixa, pois se a pessoa se achava feia ou feio antes, e agora a pessoa se acha mais horrível ainda. Sim, porque evidencia muito mais a orelha que, convenhamos, é naturalmente feia. Mas por outro lado, a máscara esconde o nariz!
8. Idolatria, pois se os ídolos e suas referências de vida não usam, por que você uma fã incondicional daquela celebridade iria usar, contrapondo-se ao exemplo dado por ela? Logo você cegamente também não vai usar as máscaras! Idolatria cega e independe do seu grau de escolaridade, e é quase o contrário ou antônimo de cultura. Todos têm seus ídolos e se deve escolhê-los bem!
9. Egocentrismo, pois acha que está livre do mal para o qual se usa as máscaras e que se dane as outras pessoas já que pode continuar a ser um vetor viral. Os casos de reinfecção da Covid-19 são cada vez mais expostos em vários países do mundo. A imunidade natural oferecida é muito frágil e passageira, não oferecendo segurança biológica aos que já tiveram! Se achar que sim, peça ao seu médico um atestado de que você já está imune da doença!
10. Comunicação dificultada, tem que se falar mais alto e soletrar melhor as palavras. Muitas pessoas escutam um pouco menos que o normal e compensam fazendo a leitura labial dos interlocutores. As máscaras dificultam a leitura labial e assim a comunicação entre algumas pessoas ficam mais difícil!
Eu cheguei a pensar em uma solução para algumas destas razões: confeccionar e usar máscaras transparentes, temos tantos materiais como opção! Elas poderiam ser charmosas e até gerar um certo mistério ou um grau de atração! Mas, desisti, pois me trariam um inconveniente pessoal, acabariam com duas manias que adquiri com o uso de máscaras: fazer caretas e mostrar a língua para os chatos e inconvenientes! Eles nem percebem ou fazem de conta que não percebem, sei lá! Façam isto, é uma delícia, parece que voltamos a ser crianças!
Alberto Consolaro – professor titular da
USP-FOB, Bauru-SP. consolaro@uol.com.br
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