Os antivirais atuam dentro das células na reduplicação viral! |
Para se ter uma ideia, a técnica para produzir a vacina mais sofisticada contra o coronavírus, que é a da “Moderna”, existe há mais de 40 anos, apenas não era explorada em massa. O termo “Mode rna” é uma junção de palavras ou acrônimo em inglês “modificado rna” e não tem nada a ver com o modernismo enquanto movimento cultural. Esta técnica foi criada pela bioquímica húngara Katalin Karikó.
ANTIVIRAIS
Para vender muito e falar que é, aparentemente, científico para passar uma noção de profundeza e completude de saber e cultura, eu e um grupo de orientados, faço um trabalho no laboratório onde mostro que o coronavírus diminuiu quando coloquei o produto onde estão se multiplicando em cultura celular. Depois digo que o produto foi antiviral, pois o vírus diminuiu e isto porque o meio ambiente onde o vírus se multiplicava por um certo tempo tinha ficado inadequado ou inviável. Para sofisticar mais, eu digo que diminuiu a carga viral.
Como este tipo de trabalho é rápido, já posso fabricar e embalar e vender, dizendo que é bom para desinfetar e como antisséptico, pois é antiviral e diminui a carga viral. Atrapalhar a multiplicação de um vírus em cultura celular no laboratório não significa que é antiviral e que atua sobre a partícula viral.
Para ser antiviral tem que atuar dentro das células e competir com as bases nitrogenadas e peptídeos durante a formação de novos vírus em células humanas. Ou seja, tem que atuar no mecanismo intracelular de multiplicação viral. Vírus não prolifera como as células e bactérias, eles copiam-se um ao outro rapidamente, usando as células ao subornar a sua síntese proteica.
ARMADILHAS E CUIDADOS!
Se um produto no rótulo “informar” ou propagandear que é antisséptico, esterilizante, desinfetante, acaba com o coronavírus e ainda diminui a carga viral, pois que age como antiviral, tome cuidado, ali está faltando verdade. O mundo está freneticamente buscando uma droga que seja antiviral para o coronavírus e até hoje, ainda não se conseguiu achá-la, mesmo nos melhores centros mundiais de pesquisa na China, Alemanha, França, Eua e outros países.
Se um produto “informar” ou propagandear que é “cientificamente”, “odontologicamente”, “dermatologicamente” comprovado como antiviral, procure onde foi publicado tal trabalho. Se não houver citação do trabalho ou se for em uma revista desconhecida, está faltando a verdade, cuidado!
Alberto Consolaro – Professor Titular da USP - FOB Bauru-SP
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