AGENDA CULTURAL

7.1.21

Venezuela vai intervir nos Estados Unidos para pôr ordem naquele galinheiro


Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

Em 2018, em pleno processo eleitoral no Brasil, escrevi uma crônica neste blog com o seguinte título: "Bolsonaro e Hugo Chavez são semelhantes", quase fui linchado da cidade, mas nada melhor que um dia atrás do outro. Naquele texto, eu me esqueci do Trump. 

Um grupo de manifestantes favoráveis ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiu nesta quarta-feira (6/01/2018) o Capitólio, sede do Congresso americano em Washington, onde ocorria a sessão para certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

Imitando o cronista-mor, lá do Rio Grande do Sul, Fabrício Carpinejar, o leitor Liuz Carlos Ribeiro escreveu "Que tal um golpista no melhor estilo 'republiqueta de banana' na Metrópole do Capital, tida e havida como guardiões da democracia. E eu que achava que já tinha visto de tudo."

Sempre ouvi dos mais sabidos que os Estados Unidos eram o exemplo de democracia e do desenvolvimento humano. Lá era tudo, mas tudo mesmo, "primeiro mundo". Como um sujeito que nasceu no pós-guerra (1948), bestamente acreditei. Nem fui lá ver.

A China, a inimiga terrível dos norte-americanos, ganhou a guerra sem guerrear no sentido restrito. Colocou os ianques no devido lugar. Chinês é um governo paciencioso, como o urubu, que espera a vítima morrer para comer a carne.

O país asiático venceu tanto que transformou a poderosa América (a do Norte) na pobre América (a do Sul) que sedia as republiquetas. Os poderosos Estados Unidos estão de joelho. Nem eleição funciona lá, nem tem urna eletrônica. Quando vi as fotos da tentativa de golpe do Trump, com a direita radical invadindo o Congresso norte-americano, pensei que Maduro tivesse sofrido uma tentativa de golpe.

Aqui, Bolsonaro tentou fazer o mesmo, mas o Supremo Tribunal Federal deu um basta naquele radicalismo pago com verbas de gabinetes de parlamentares e cartão corporativo do presidente da República. 

Voltando a Luiz Carlos Ribeiro:    

"Dizem as más línguas que a Venezuela estuda a possibilidade de intervir nos EUA pra reestabelecer a ordem naquele país". Eu escreveria: naquele galinheiro. 

Um comentário:

Patrícia Bracale disse...

Pior que os Loucos pelo poder é ter seus apoiadores cegos, triste ainda na humanidade ter tantos fora da casinha bagunçando o galinheiro.