A memória sempre se projeta no futuro

 

Sílvio, Gustavo, Renata, Hélder, Etiene e Hélen

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

A questão da memória é bem subjetiva. Para quem não conhece essas crianças, a foto não passa de uma imagem de crianças. E o aparecimento da tenra árvore, parece um mero acidente que ilustrou a foto.

O oitizeiro não era um personagem secundário, era o protagonista do encontro familiar, pois a reunião era para fazer e comemorar o seu plantio num ritual. Atualmente é o memorial da família.

Como tenho dois filhos e quatro sobrinhos nela e registra uma cena de 40 anos atrás, no quintal de minha casa, onde ainda moro, a foto mexeu comigo. A árvore cresceu e está frondosa e idosa, fazendo sombra para os encontros familiares. Tempos vividos, e bem. Ela me provocou um sentimento de enlevo, alegria, saudade, missão cumprida. Valeu a pena.

Hélen, a Menininha, ia disputando altura com o oitizeiro no quintal da casa 

Os seis rebentos estão vivos e se transformaram nisso: Sílvio Bianco Consolaro (médico), Gustavo Machado Consolaro (advogado, funcionário público), Renata Bianco Consolaro (dentista), Hélder Nagai Consolaro (biólogo, professor universitário), Etiene Machado Consolaro (advogada, música, gestora cultural), Hélen Nagai Consolaro (professora, empresária).

Quando penso que a história acabou, eis que surgirá mais um personagem, o sétimo da fila, partindo de um irmão na velhice, provando que para a vida nem tudo está terminado. Um personagem do enredo desafia o roteirista. Aguarde, caro leitor, em agosto você terá um novo capítulo. 

A memória não é um passado morto, está sempre se projetando no futuro, por isso se faz necessário cultivá-la.