"Não é o crítico que importa, nem aquele que aponta onde foi que o homem tropeçou ou como o autor das façanhas poderia ter feito melhor. O crédito pertence ao homem que está por dentro inteiro na arena da vida, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente; que erra, que decepciona, porque não há esforço sem erros e decepções; mas que na verdade, se empenha em seus feitos; que conhece o entusiasmo, as grandes paixões; que se entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece no final o triunfo da grande conquista e que, na pior, se fracassar, ao menos fracassa ousando grandemente." Theodore Roosevelt em discurso na Sorbonne
Na verdade, o ex-presidente norte-americano está tratando da vulnerabilidade
que vive o ser humano porque vulnerabilidade não é conhecer vitória ou derrota;
é compreender as necessidades humanas, é se envolver, se entregar por inteiro.
Vulnerabilidade não é fraqueza; e a incerteza, os riscos e a exposição
emocional que enfrentamos todos os dias não são opcionais. Nossa única escolha
tem a ver com o compromisso. A vontade
de assumir os riscos e de se comprometer com a nossa vulnerabilidade determina
o alcance de nossa coragem e a clareza de nosso propósito. Por outro lado, o
nível em que nos protegemos de ficar vulneráveis é uma medida de nosso medo e
de nosso isolamento em relação à vida.
Quando passamos uma existência inteira esperando até nos tornarmos à
prova de bala ou perfeitos para entrar no jogo, para entrar na arena da vida,
sacrificamos relacionamentos e oportunidades que podem ser irrecuperáveis,
desperdiçamos nosso tempo precioso e viramos as costas para os nossos talentos,
aquelas contribuições exclusivas que somente nós mesmos podemos dar.
Ser “perfeito” e “à prova de bala” são conceitos bastante sedutores, mas
que não existem na realidade humana. Devemos respirar fundo e entrar na arena qualquer que seja ela: um novo relacionamento, um encontro importante,
uma conversa difícil em família ou uma contribuição criativa. Em vez de nos
sentarmos à beira do caminho e vivermos de julgamentos e críticas, nós devemos
ousar aparecer e deixar quem nos vejam. Isso é vulnerabilidade. Isso é a
coragem de ser imperfeito. Isso é viver
com ousadia.
Os dez sinais de uma vida abundante, que indicam o que uma pessoa plena se esforça para cultivar e do que ela luta para se libertar.
1 - Cultiva a autenticidade, se liberta do que os outros pensam.
2 - Cultiva a autocompaixão; se liberta do perfeccionismo.
3- Cultiva um espírito flexível; se liberta da monotonia e da impotência.
4- Cultiva a gratidão e alegria; se liberta do sentimento de escassez e do medo do desconhecido.
5 – Cultiva intuição e fé; se liberta da necessidade de certezas.
6 – Cultiva a criatividade, se liberta da comparação.
7- Cultiva o lazer e o descanso; se liberta da exaustão como símbolo de status e da produtividade como fator de autoestima.
8 – Cultiva a calma e a tranquilidade, se liberta da ansiedade.
9 – Cultiva tarefas relevantes; se liberta de dúvidas e suposições.
10 – Cultiva risadas, música e dança; se liberta da indiferença e de “estar sempre no controle”.
(Resenha de capítulo do livro da escritora Brené Brown.)
Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário