As tranças fazem parte do dia a dia e sua aplicação
deve ser muito segura!
Sobre produtos naturais a vida nos ensina; já sobre os industrializados não sabemos de nada. Usamos produtos industrializados na alimentação, higiene pessoal e produtos estéticos. Até para fazer tranças, passa-se pomadas que até cegam se chegarem nos olhos. E aí vem o sujeito mal-intencionado ou sem noção e pergunta:
- Mas se passa no cabelo, por que não pode nos olhos? Se passa na pele porque não na boca e outras mucosas?
O cabelo e as unhas são formados por uma
proteína chamada queratina e não tem células na composição. Ela aguenta tintas
de cabelo, clareadores e muitas outras coisas. A pele tem camadas de queratina
em toda superfície corporal, as vezes mais espessas, as vezes menos.
A camada de queratina explica por que
certos produtos podem ser usados na pele, mas não nas mucosas da boca, nariz,
olhos e genitais. As mucosas são a pele destes orifícios, mas não tem queratina
espessa, ou nem tem. São regiões bem mais delicadas e sensíveis a produtos
químicos.
Para clarear os dentes, não se deve deixar
o produto entrar em contato com as mucosas, pois é peróxido de hidrogênio que
penetra e contribuem para a geração do câncer bucal. Se deve proteger a mucosa
gengival e bucal com barreiras resinosas aplicadas pelo profissional e o procedimento
fica seguro. Todo clareador é peróxido de hidrogênio também conhecido como
perborato de sódio, peróxido de ureia, peróxido de carbamida e água oxigenada.
LER A EMBALAGEM
Tudo que se usa, deve se ler antes a
embalagem, verificar o que é o produto, recomendações especiais, formas de
usar, limitações e contraindicações. É uma questão de vida e se o fabricante
colocar tudo isto na embalagem, ele não será condenado se tiver o seu registro
normal.
A ciência está disponibilizada para ser
usada por qualquer cidadão. É um direito, mas o cidadão não sabe traduzir
informações científicas. A sociedade sustenta uma quantidade incrível de
profissionais para checar e colocá-las em todas as embalagens dos produtos,
disponibilizando informações seguras em seu site. Este grupo organizado de
profissionais do governo se chama ANVISA.
Tudo que se comercializa no país tem que
passar por ela e recebe um número de registro que deve constar na embalagem e
ou na bula. Quando você quer mais informações, coloque este número no site da
Anvisa e lá se constará tudo. Se aparecer outro produto ou nada aparecer por
lá: cuidado, certifique-se bem e nem use o produto, ele pode ter uma origem
duvidosa.
Não consuma nada sem o número Anvisa ou de
registro em ministério da agricultura, pesca e outros. Pode ser produto
contrabandeado, fabricado clandestinamente, ou seja, falsificado ou
contaminado. Alguns alegam que isto faz o produto ser mais caro que os “alternativos”.
Se pensar assim como faremos com os carros e aviões caros: roubaremos? Devemos
lutar legitimamente para que os produtos fiquem mais baratos, mas correr riscos
de saúde, não vale a pena!
REFLEXÃO FINAL
Os olhos humanos agredidos pelas pastas
para fazer tranças, quase ficaram cegos ao escorrerem com a água da chuva ou
banho. Isto me fez lembrar da crueldade que se fazia, até alguns anos atrás,
com os animais nos testes para ver se o produto era agressivo nos olhos! O
sofrimento deles era terrível e existiam testes laboratoriais muito mais
precisos.
Cá entre nós, se a pessoa usa produtos:
1) Sem ler a embalagem,
2) Sem saber o que se está usando no cabelo,
3) Sem checar o registro na Anvisa,
4) E se não segue as recomendações e os cuidados a serem tomados; ela está susceptível a tudo neste mundão de Deus.
Em tempo: Você ama seu corpo? Você sabe tudo sobre o que usa em seu corpo?
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