AGENDA CULTURAL

21.2.23

Viver é melhor que sonhar - Gervásio Antônio Consolaro

       Este tema que trago hoje sobre relacionamento humano parece simples, dispensável estar lembrando, mas não o é, é de suma importância e que diante da loucura da comunicação atual, praticada pelos meios eletrônicos, estamos esquecendo, resumindo há quantidade e baixa qualidade.

        O êxito nos relacionamentos tem sido um dos maiores enigmas da modernidade e cada vez mais isso tem importância também na vida corporativa. Numa recente pesquisa feita com milionários americanos, eles elegeram o relacionamento como um dos fatores principais que os ajudou a obter sucesso financeiro. Não é patrimônio nem títulos o critério de valor dos muito ricos de Wall Street, mas pessoas. E todos são unânimes em afirmar que as relações interpessoais não são um campo de candura. Mas, com certeza, um campo de diplomacia.

       A falta de habilidade nas relações humanas não afeta só o casamento, o namoro ou a amizade; afeta também os relacionamentos profissionais, políticos, empresariais e até internacionais. Ou seja, a maneira como a pessoa de sucesso se relaciona com amigos, familiares e clientes é o que faz a diferença. Mas é uma época diferente essa nossa. Temos celulares, internet, e-mails e redes sociais que estão em todos os lugares. Realizar tarefas ficou mais fácil e mais rápido. Paradoxalmente, esses aparatos agregaram um senso de urgência em nossa vida. A urgência traz tensão, e todos nós sabemos que, em ambientes de tensões altas, o potencial para conflitos entre as pessoas cresce exponencialmente. Por isso, nesses tempos de organizações inteligentes, liderança participativa, comunidades de aprendizados, envolvimento e comprometimento, empresas que aprendem, estruturas “desierarquizadas” — poderíamos assim dizer —, desenvolver a habilidade de vender ideias e conquistar cooperação é de vital importância para a construção de uma carreira próspera e o desenvolvimento de uma liderança efetiva.

         Existir é relacionar-se! O ser humano é gregário por natureza, nasceu para viver em grupos. E para viver em grupos é preciso observar as regras. As regras governam os grupos e os grupos governam o mundo. Embora não exista fórmula estabelecida que apresente resultados iguais para todos — como é o caso de algumas ciências —, relações humanas são uma arte: e desde os tempos antes de Cristo que o ser humano já precisava entender dessa arte. Mesmo na arte, que exige muita inspiração e talento, existem técnicas. E sabemos que as técnicas, os princípios e as fórmulas facilitam a vida e aumentam a efetividade. Vou trazer mais temas a este respeito, oportuno e muito necessário.

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.                      g.consolaro@yahoo.com.br

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