O êxito nos relacionamentos tem sido um dos maiores enigmas da
modernidade e cada vez mais isso tem importância também na vida corporativa.
Numa recente pesquisa feita com milionários americanos, eles elegeram o
relacionamento como um dos fatores principais que os ajudou a obter sucesso
financeiro. Não é patrimônio nem títulos o critério de valor dos muito ricos de
Wall Street, mas pessoas. E todos são unânimes em afirmar que as relações
interpessoais não são um campo de candura. Mas, com certeza, um campo de
diplomacia.
A falta de habilidade nas relações humanas
não afeta só o casamento, o namoro ou a amizade; afeta também os
relacionamentos profissionais, políticos, empresariais e até internacionais. Ou
seja, a maneira como a pessoa de sucesso se relaciona com amigos, familiares e
clientes é o que faz a diferença. Mas é uma época diferente essa nossa. Temos
celulares, internet, e-mails e redes sociais que estão em todos os lugares.
Realizar tarefas ficou mais fácil e mais rápido. Paradoxalmente, esses aparatos
agregaram um senso de urgência em nossa vida. A urgência traz tensão, e todos
nós sabemos que, em ambientes de tensões altas, o potencial para conflitos
entre as pessoas cresce exponencialmente. Por isso, nesses tempos de
organizações inteligentes, liderança participativa, comunidades de
aprendizados, envolvimento e comprometimento, empresas que aprendem, estruturas
“desierarquizadas” — poderíamos assim dizer —, desenvolver a habilidade de
vender ideias e conquistar cooperação é de vital importância para a construção
de uma carreira próspera e o desenvolvimento de uma liderança efetiva.
Existir é relacionar-se! O ser humano é gregário por natureza, nasceu
para viver em grupos. E para viver em grupos é preciso observar as regras. As
regras governam os grupos e os grupos governam o mundo. Embora não exista
fórmula estabelecida que apresente resultados iguais para todos — como é o caso
de algumas ciências —, relações humanas são uma arte: e desde os tempos antes
de Cristo que o ser humano já precisava entender dessa arte. Mesmo na arte, que
exige muita inspiração e talento, existem técnicas. E sabemos que as técnicas,
os princípios e as fórmulas facilitam a vida e aumentam a efetividade. Vou
trazer mais temas a este respeito, oportuno e muito necessário.
Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.
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