Hélio Consolaro é professsor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Entre nós, há os esquentados, que de repente mata alguém por bobagem (não se deve matar nem por coisa séria). Numa família, há sempre um um sujeito de estopim curto.
Num churrasco de parentes, há sempre alguém escalado para ficar perto do cara. Existem também aqueles que fazem um quebra-quebra com as cadeiras de uma lanchonete. Adora ver tudo quebrado. Esse tipo é bem mais raro entre as mulheres.
De repente, um desses esquentados resolve ser militante político. Aí todo mundo fala que político nenhum presta. O cara já era assim na sociedade, pulou para a política porque encontrou a porta aberta e de repente, por ser assim, é o mais votado. Não era louco sozinho. E a política leva a fama.
Assim aconteceu com Pablo Marçal e José Luís Datena. Insultos e cadeirada destinam o rumo político da maior cidade da América Latina. A coisa foi tão feia que até mereceu a condenação do maior porra-louca da política brasileira: Bolsonaro.
Gusttavo Lima
Rico e pobre são duas categorias sociais que extrapolam a sociologia e a economia. Rico que ficou pobre é um mau pagador, descontrolado. Ganha como pobre, mas gasta como rico.
Pobre que ficou rico facilmente é um esbanjador, se não alguém de confiança para gerenciá-lo, vai ficar na merda de novo. Estão nessa categoria artistas, atletas e sortudos das loterias.
Gusttavo Lima ficou rico, frequentou ambientes de muito glamour e sem estudo, levar vantagem é o seu lema. Na política, não ficou neutro, pulou para o pior lado, se juntou aos iguais. Fez investimentos com dinheiro dos cachês em segmentos duvidosos e está com prisão decretada. O que era bom, ficou ruim.
Quem quiser conhecer bem a personalidade Gusttavo Lima leia a entrevista do fotógrafo Tinhu Gomes concedida a Fábia Oliveira, portal Metrópole
Eduardo Galeano – escritor uruguaio
“Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de
casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais
do que o corpo e o culto mais do que Deus. Vivemos na cultura da embalagem, que
despreza o conteúdo.”
O escritor exagera, nem tudo está perdido, mas a sua hipérbole
compensa, pois só com o exagero entendemos a realidade do cotidiano desgastado.
Essa é a função da literatura.
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