AGENDA CULTURAL

16.5.07

Mosaico literário


Hélio Consolaro

Reunir em torno de uma mesa dez ou quinze pessoas para discutir e fazer poesia está sendo a atividade mais prazerosa de meus dias atuais, depois de amar, claro. As chamadas oficinas de poesia. Se daquela dúzia de pretendentes saírem dois ou três poetas, com bons textos, me dou por satisfeito.

Há um grupo na sede da Academia Araçatubense de Letras, às terças-feiras, das 20h às 22h30; e outro, em Penápolis, na Sophia Bookstore – Livraria – aos sábados, das 10h30 às 12h.

Na oficina de Araçatuba, a surpresa foi conhecer Rita de Cássia Zuim Lavoyer, que fez o curso de letras na UniToledo e especializações na Unesp de Araraquara, tendo mestrado inconcluso justamente no campo da lingüística e da literatura. Ter uma pessoa com tal qualificação no grupo ajuda muito.

Em Penápolis, conheci Thiago Mazucato e Wemerson Dhamaceno, da Sophia Bookstore que comandam aquele cantinho de prazer da cidade. Além da psicóloga Maria Alésia Calasans, do jornalista e radialista Paulo Eduardo Delalio, Nádia Cristina Leopoldo, Shogo Minamizawa e por último a presença do cirurgião plástico Smiley Castelo Branco, que é construtor de sonetos e palíndromos. Tenho tudo isso nas duas oficinas com a afetividade e o carinho da Joana Paro, que além de psicóloga é poeta.

Recebi de presente a obra póstuma “Saudades e Rosas Vermelhas”, do cronista José Feliciano Pereira, uma antologia de textos publicados em jornais de Araçatuba. Lembro de Feliciano quando eu era editor do caderno B da extinta Folha da Manhã, convidei-o a escrever semanalmente naquele diário, foi quando o conheci mais de perto. A nossa conversa está reproduzida na página 17 do livro. A organização da coletânea foi uma bela iniciativa da família.

O colégio estadual Júlia Wanderley, Jaboti-PR, criou um projeto denominado “Descubra um Escritor”. A professora Marly R. Bressanin mandou e-mail para o Ademir Bacca, Bento Gonçalves-RS – organizador do Congresso Brasileiro de Poesia, pedindo-lhe livros. E ele repassou isso para os escritores.

Remeti à professora alguns livros de minha autoria. Recebi carta de agradecimento da direção da escola. E assim, a biblioteca daquele educandário forma o seu acervo, não apenas com autores consagrados. Edgar Morin, antropólogo francês, só gosta de ler livros de autores desconhecidos. Diz que aprende muito mais neles.

No calor da juventude, eu queria mudar o mundo; agora, na serenidade da envelhescência, quero apenas me mudar, dar ao mundo o que aprendi com ele. E viva a poesia!

4 comentários:

Anônimo disse...

Hélio, esta oficina de poesia em Penápolis está realmente super interessante e desde já agradecemos você por estar iluminando nosso espaço com tua presença!

Um forte abraço!
Wemerson Dhamaceno.

Anônimo disse...

Hélio, esta oficina de poesia em Penápolis está realmente super interessante, desde já agradecemos você por estar iluminando nosso espaço com tua presença!

Um forte abraço!
Wemerson Dhamaceno.

Blog da Joana Paro disse...

VIVA !!!
Viva a poesia que alimenta a alma!
Viva você que alimenta a poesia!
Obrigada pela sua fè.
Beijão inspirado,
Joana

Anônimo disse...

Oi Hélio!Eu não poderia deixar te te "falar" sobre o prazer e saudade que foi ler esta postagem.Pelos nossos amigos da oficina, que, sabemos ser muito mais que criadores de poetas, pelo carisma de cada aula e tb por vc ter lembrado do sr.Feliciano que escrevia muito. Seus textos urbanos sobre os tempos da vida, sonhos, frustações, inseguranças. Lindo ler estas memórias por aqui!!Bjs.