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Então, caro leitor, até o Consa anda voando por aí em asas alheias. Depois de escrever duas crônicas sobre o preço absurdo das passagens aéreas de Araçatuba a São Paulo e vice-versa, fui à capital por R$ 85,00 pela mesma empresa, a Pantanal, que cobrava mais de R$ 400,00. Tudo providenciado pela Maria Lúcia, da M.H. Turismo.
Como isso foi possível? Só o deus “mercado” explica. Vivi sempre com a inflação no calcanhar, e grande, nunca imaginei que fosse ver isso: as coisas caírem de preço vertiginosamente sem nenhum decreto governamental. E depois há gente que desqualifica totalmente o governo Lula.
Viajei para Itaperuna-RJ, cidade do porte de Birigüi, que fica a noroeste do Estado Rio de Janeiro, na divisa com Espírito Santo e Minas Gerais. Tudo isso para satisfazer a vaidade humana que mora em mim: fui admitido como socioacadêmico correspondente da Academia
Itaperunense de Letras.
E também para viajar mesmo, porque um croniqueiro não pode ficar só olhando o lugar onde nasceu, precisa conhecer e ser conhecido além do Baguaçu. Faz bem para a alma visitar outras paragens.
Só não viajei para Campos (duas horas de ônibus de Itaperuna), porque a cidade fluminesne com mais de 500 mil habitantes, só é servida por uma companhia aérea, a OceanAir, e as passagens de ida e volta custam mais de R$ 700,00. Bem menos que gastei para ir e voltar ao Rio de Janeiro, partindo de Araçatuba. Os moradores daquela cidade ainda sofrem o mal do monopólio.
Como um capiau de pomares e estilingues, curto um canivete.
Em 2004, ganhei um de multiuso, com garfo, colher, lâmina e saca-rolhas de meu falecido cunhado José Floriano. E aquela “arma branca” sempre me acompanhou nas viagens, porque ficava no fundo de uma bolsinha lateral da mala.
No aeroporto de Congonhas, no embarque para o Rio, a vistoria detectou metais, fui barrado:
- O senhor tem um canivete na bolsa, quer me mostrar, disse o funcionário.
Nem me lembrava disso. Após ver aquela “arma branca”, ele sentenciou:
- O canivete vai ficar, a menos que volte e deixe no balcão da companhia para pegar depois.
Como o vôo estava para sair, optei choroso pela perda do canivete de estimação. Tudo por causa da onda de terrorismo implantado por Bin Laden.
Adentrei o avião da ponte aérea. E tive que esperar uma hora e meia, sem poder sair da aeronave, por causa do “apagão”. Assim, senti o peso do conselho da ministra do Turismo, Marta Suplicy, dado aos turistas e viajantes sobre a crise no transporte aéreo: “Relaxe e goze”.
Apesar de tudo, gozei.
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