AGENDA CULTURAL

8.6.08

Valeu, vô!

Hélio Consolaro recebe das mãos da vereadora Marly Garcia o troféu Odette Costa. Ao lado, está o secretário municipal de Cultura, Araçatuba-SP, Alexandre Sônego de Carvalho. Ao fundo, o vereador Nei Girão, que presidiu a sessão.

O troféu

A placa do troféu


Yuri Consolaro Lourenço - o Consinha

Hélio Consolaro


Nas questões de estilo, nade seguindo a correnteza; nas questões de princípio, seja sólido, forte e resistente como uma rocha.
Thomas Jefferson

Quando um manobrista, frentista de posto, recepcionista, servente, empregada doméstica um subalterno da escala social diz que me lê todos os dias e adora meus escritos, recebo verdadeiramente o melhor troféu, porque vem enfeitado com diamantes de autenticidade. O mundo da premiação institucional é cheio de hipocrisias. Há gente que reivindica homenagens, outros fazem dos troféus moedas de troca. Até quem os falsifique.

Outra coisa que me realiza é quando consigo, com minhas oficinas, estimular alguém a escrever, se tornar escritor. Abrindo caminho para que uma pessoa cultive a sua interioridade e extravase, sem medo do ridículo, aquilo que lhe vai no coração.

Não quero, com isso, dizer que o troféu cultural Odette Costa não seja importante para mim. Um prêmio representa a validação, o reconhecimento do trabalho de uma pessoa. Reconheço-o importante, tanto é que convidei meus pais, irmãos, meus amigos para compartilharem de minha alegria.

Em 1997, quando a Odette era presidente da AAL, que recebi a primeira validação, ocupei a cadeira 17 e a partir daí participo da Academia Araçatubense de Letras. Não posso deixar de registrar que a patronesse do troféu foi rotariana, assim agradeço também meus companheiros rotarianos que foram me prestigiar na noite de 3 de junho, terça-feira.

Agradeço ao amigo Tito Damazo por ter me indicado à Academia Araçatubense de Letras, assim que publiquei meu primeiro livro: “Cobras & Lagartos”. Escolhi o poeta Aldo Campos como patrono porque, como eu, foi escritor e vereador de Araçatuba. Aldo Campos era uma espécie de Dom Quixote que lutava contra a injustiça por meio da advocacia.

Este prêmio que recebi não foi por indicação da secretaria municipal de Cultura nem da Câmara Municipal, mas da Academia Araçatubense de Letras, embora a outorga dele seja da municipalidade. Escrevendo isso, evito constrangimentos de seus componentes perante o chefe político.

O Conselho Municipal de Cultura avaliou que seria melhor a entidade de escritores indicar o nome, assim como fez com outros segmentos culturais. Assim, na tarde de 16 de maio, reunidos, os acadêmicos me apontaram como merecedor do prêmio. Foi uma unanimidade que brotou espontaneamente, sem conchavos e assédio. Isso me deixou feliz.

Mas o mais legal mesmo foi ouvir lá da platéia o Consinha, com seus quatro anos, gritar por sua conta:

- Valeu, vô!

Um comentário:

Beatriz Nascimento disse...

Parabéns Hélio, bela crônica^^