Presidente Adolfo Lemes Gilioli com microfone na mão
No sábado, 27 de março, à noite estive em Lins, acompanhado por alguns membros do Grupo Experimental da AAL. Fui assistir à instalação da Academia Linense de Letras e posse de 40 acadêmicos.
Uns nonagenários, outros octogenários, vários rapazinhos com mais de 60 anos e alguns bebês de colo entre 40 e 50. Intelectuais tradicionais que moram em Lins ou passaram por lá se transformaram em acadêmicos.
Diferente da Academia Araçatubense de Letras, os estatutos da ALL é bem liberal e sem beca. Algum conservador poderá dizer “libertino”, pois o patrono de cada cadeira pode ser estrangeiro e nem precisa ter sido escritor. E até havia um patrono vivo. Assim, foi anunciado que o maestro José Raab (famoso em Araçatuba) deu nome à cadeira de Milton A. de Toledo Barros, seu ex-aluno de música em Lins. Por lá encontrei também o colega de faculdade (Funepe) Shigueyuki Yoshikiuni, outro acadêmico recém-empossado.
O lema da entidade linense é uma paráfrase de trecho da Bíblia: “Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles”.
A solenidade de posse coletiva se deu na sede regional da Associação Paulista de Medicina, com muitos discursos que falaram do antigamente. O prefeito Valdemar Casadei (PSDB) bombardeou o ambiente com seu vozeirão.
Foto da fundação
O primeiro presidente e grande mentor da ALL é o Sr. Adolfo Lemes Gilioli, um garoto de 92 anos, ex-presidente da API (Associação Paulista de Imprensa) e ex-presidente da Academia Cristã de Letras, membro da Academia Paulista de Letras. A sede provisória fica na Rua Rodrigues Alves, 365, num prédio cedido por uma das acadêmicas. Houve muitas confreiras empossadas.
O discurso mais longo, meio semelhante à fala de Fidel Castro, foi o do médico Afiz Sadi. Em conversa informal, na hora do coquetel com ele, me perguntou do patrício Jorge Maluly Neto, em quem fez uma cirurgia há 15 anos no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Este croniqueiro é portador de um presente do amigo (um livro de sua autoria) para entregar ao ex-prefeito de Araçatuba.
Gostei mesmo da lucidez do discurso da professora Silvani Daruiz. Ela mostrou com clareza para que serve uma academia de letras. Como presente à biblioteca da recém-criada ALL, passei à secretária Cynira da Silva Perazza alguns exemplares de obras dos acadêmicos da AAL.
Por que este croniqueiro enxerido esteve lá? É que o médico Smiley Castelo Branco, de Penápolis e clinica também em Lins, membro do Grupo Experimental da AAL, tomou posse de uma cadeira na Academia Linense de Letras me convidou. Esse doutor gosta de viver mal-acompanhado...
Vida longa, ALL!
3 comentários:
::: Consa, quero ver um dia a AAL de Araçatuba ter um ou dois membros virtuais, blogueiros! Uma passo à frente das outras, amigão! Afinal, manter um blog é escrever um livro sem final!
Realmente, foi uma bela cerimônia. Eu vi. Estava , mais Elaine, acompanhando o perofessor e dona Helena. O heitor Gomes, na última hora, teve a sua motilidade intestinal desregulada e antes que fizesse no caminho ou lá na cerimônia, ficou por aqui.Ressalte-se a homérica luta havida entre o sr. Giglioti e o desgraçado do microfone. Depois, tuas torres de chopp, uma com o claro e outra com o escuro...claro.
Caro amigo Hélio, muito obrigado pela presença, engrandeceu a solenidade. Tanto é que saíste bem na foto no Correio de Lins, tu com cara já de literato macaco velho, novo, e eu velho, porém novo, com cara de penetra, sei lá um dia quero ter cara de homem das letras... abraço grande!
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