Publicado em 08 de setembro de 2011 - Revista Cult
Os desafios da publicação hoje e nos próximos anos são tema de debate no Itaú Cultural São Paulo
Frederico Barbosa |
Com opinião otimista sobre o setor, o escritor e curador editorial do Grupo Babel no Brasil, Luiz Ruffato defendeu que desde o fim da ditadura militar, o país segue em processo de descentralização. “Há uma elite que sempre foi dona dos meios de comunicação e da cultura nacional, e que nunca deu possibilidade de haver leitura em massa; hoje isso está mudando”. Ruffato exemplificou citando a 15ª edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, da qual participou e que, segundo ele, foi prestigiada por um número enorme de leitores, o que o surpreendeu positivamente.
Como um meio termo entre as opiniões de Barbosa e Ruffato, o escritor Ronaldo Correia de Brito ressaltou a importância da internet nas mudanças do setor editorial. “A rede ocupa hoje o espaço que já foi da oralidade e da escrita, por isso pode-se dizer que há inúmeros modos de um livro ser publicado”. Também apontando outras questões, a escritora Carola Saavedra destacou um problema que vai além do papel eficaz das editoras no país. “Não se trata só da publicação, o que se deve pensar é se o livro depois de lançado será lido e como será trabalhado para que o autor possa ter uma obra literária relevante.”
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